Judiciário
Campanha de famosos dá certo e procura de adolescentes pelo título de eleitor bate recorde
22/04/2022 08:33
Suetoni Souto Maior
Jovens de 16 e 17 anos não são obrigados a votar. Foto: Divulgação/TV Brasil

No mês passado, um grupo de famosos iniciou uma campanha para que os adolescentes de 16 e 17 anos tirassem o título de eleitor. O alerta foi direcionado aos jovens que não são obrigados a votar e que, até aquela data, protagonizavam a menor procura pelo direito da história. Os apelos da cantora Anitta e de influenciadores como GKay (@gessicakayane), dona de 19,2 milhões de seguidores no Instagram, além de Juliette, com 33 milhões de seguidores, e Luísa Sonza (@luisasonza), com mais de 28 milhões, deu certo. O cenário foi alterado e agora já temos a maior procura da história. O prazo final para regularizar a situação é o 4 de maio.

Os dados mostram que o interesse do jovem brasileiro pela política tem crescido nos últimos meses. Entre janeiro e março de 2022, o Brasil ganhou 1.144.481 novos eleitores na faixa etária de 15 a 18 anos. A procura pelo documento é a maior registrada quando comparada às últimas Eleições Gerais, de 2018 e 2014, quando foram emitidos 877.082 e 854.838 novos títulos, respectivamente. Para o cientista político e analista do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Diogo Cruvinel, o interesse recorde dos jovens pelo primeiro título se justifica por alguns fatores.

“A Justiça Eleitoral sempre realiza campanhas de conscientização e incentivo ao eleitorado como um todo, em especial aos jovens, por meio da mídia e nas escolas. Neste ano, pela primeira vez, a campanha contou com a adesão espontânea de artistas e influenciadores, que dialogam diretamente com esse eleitorado, o que ajudou a impulsionar esses números”, avalia.

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Segundo ele, além disso, vivemos no Brasil um momento de acirramento dos discursos políticos, com uma maior polarização. “Esse cenário tende a incentivar os jovens a terem um maior engajamento e, por consequência, procuram participar mais ativamente do processo eleitoral. E, para tanto, é necessário ter o título de eleitor. A população tem se conscientizado cada vez mais sobre isso”, analisa.

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