Você já ouviu falar do Pandora? O tema já mereceu atenção neste espaço, mas é pouco conhecido da maioria da população paraibana. Vai aqui uma informação importante: forjada no Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), a ferramenta de inteligência já é usada em mais de 20 estados, justamente para auxiliar na tomada de decisões de investigadores ligados aos ministérios públicos e órgãos de persecução criminal. Agora ficou mais fácil entender, não é? Sim, o Pandora consegue cruzar milhares de informações que podem contribuir na elucidação de crimes.
Numa descrição mais técnica, segundo o coordenador do Gaeco, Octavio Paulo Neto, o Pandora é um sistema informatizado de inteligência estratégica, desenvolvido com o objetivo de atender às diversas demandas inerentes ao ciclo de produção de inteligência criminal em território nacional. Este sistema foi concebido para ser utilizado como um suporte de inteligência em investigações em andamento ou na fase de análise de casos, uma vez que possibilita uma visão panorâmica e interconectada de eventos de interesse e pessoas relacionadas, proporcionando uma compreensão abrangente e aprofundada do contexto sob investigação.
Ele permite, por exemplo, uma varredura ampla sobre possíveis implicações criminais relacionadas a um suspeito durante as investigações, mas também, em caso de uso pelas receitas estaduais, uma varredura para descobrir potenciais sonegações. São milhares de possibilidades permitidas por um sistema que tem embutido, em si, camadas de inteligência.
O Pandora abrange integralmente todo o processo da concepção da inteligência criminal, integrando extensas bases de dados e oferecendo funcionalidades que permitem a concepção, implementação e manutenção de algoritmos sofisticados, permitindo a extração de informações estratégicas para apoiar o processo de persecução criminal. A ferramenta, vale ressaltar, tem sido constantemente aprimorada para se adequar às demandas do país. Um destaque nesse contexto pode ser observado com a recente adição de modelos especializados na localização de criminosos foragidos e no processamento e análise de dados não estruturados.
A ferramenta, portanto, tem ajudado na identificação dos suspeitos e encurtado o tempo das investigações. O objetivo, dizem os promotores do Ministério Público da Paraíba, é que os membros do MP e demais atores do sistema de Justiça tenham à disposição modelos de análise de grande volume de dados que permitam a detecção, de forma sistemática, dos riscos de crimes contra a administração pública, no âmbito dos gastos dos governos estadual e municipais, no Estado.
Quer receber todas as notícias do blog através do WhatsApp? Clique no link abaixo e cadastre-se: https://abre.ai/suetoni