A facada de Adélio Bispo no então candidato Jair Bolsonaro (sem partido) pavimentou a vitória do capitão reformado do Exército em 2018. Isso é o que de prático pode ser abstraído daquele episódio. Para além, restam teorias da conspiração que agora poderão ser elucidadas. Isso porque o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) derrubou nesta quarta-feira, 3, restrições que impediam a retomada da investigação aberta para apurar a existência de supostos mandantes do atentado à faca contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018.
A notícia animou os bolsonaristas, que apontam uma armação de partidos de esquerda que visava matar o então candidato de extrema-direita nas eleições daquele ano. Por outro lado, e por mais estranho que possa parecer, animou também militantes da esquerda, que esperam ver comprovadas teorias da conspiração que indicam farça na facada. Não são poucos os que afirmam ter havido uma armação arquitetada pelos filhos do presidente para simular um atentado que, na visão deles, nunca teria ocorrido. Nos dois casos, os militantes rejeitam as conclusões colhidas até agora pela Polícia Federal, as de que Adélio é, na verdade, um lunático e que agiu só.
Na sessão de julgamento, de acordo com a Revista Veja, os desembargadores do TRF-1 derrubaram uma liminar que proibia, entre outros pontos, a quebra do sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que atuou na defesa do Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada contra o então candidato a presidente. Com a decisão desta quarta, também poderão ser analisadas imagens de câmeras de segurança de um hotel frequentado por Oliveira Júnior e documentos que, em tese, poderiam trazer novos elementos ao caso, como livros-caixa e comprovantes de pagamento de honorários e do telefone do advogado.
Jair Bolsonaro foi avisado da decisão assim que o julgamento foi concluído. Embora a Polícia Federal tenha concluído por duas vezes que não houve mandantes do atentado e que Adélio Bispo agiu sozinho, o presidente e seus principais apoiadores sempre alegaram que deveria ser apurado quem pagou os honorários dos advogados do autor do crime, já que ele não teria recursos financeiros para contratar uma banca de defesa.
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