Judiciário
TJ mantém afastamento do prefeito de Camalaú por suposto desvio de recursos públicos
15/07/2022 10:31
Suetoni Souto Maior
Sandro Môco é alvo de outras investigações em tramitação no TJPB. Foto: Divulgação

O desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos prorrogou por mais seis meses o afastamento do prefeito de Camalaú, cidade do Cariri paraibano, Alecsandro Bezerra dos Santos (PSDB), conhecido por Sandro Môco. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (14), por causa de denúncias de suposto desvio de recursos públicos. O gestor é investigado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), por envolvimento em escândalo de locações fraudulentas de veículos e contratação de banda de forró.

Ele foi afastado do cargo pela primeira vez em agosto de 2020 e, apesar disso, conseguiu ser reeleito naquele ano para novo mandato. Desde então, tem sido alvo de seguidas decisões cautelares que o afastam do cargo. Naquele ano, ele foi alvo da operação Rent a Car, desencadeada pelo Gaeco. A ação apura ocorrência de crimes de falsidade documental, fraudes em licitação e desvio de recursos públicos na prefeitura do município de Camalaú. Os contratos fraudulentos provocaram um prejuízo ao erário no valor de R$ 314.690,62.

Depois disso, ele foi tendo o afastamento renovado de forma sequencial. No meio a tudo isso, surgiu uma nova denúncia. Esta última referente à cobrança de propina em apresentações artísticas. De acordo com a apuração do Gaeco, o prefeito entrou em contato por aplicativo de mensagem com o proprietário da banda “Pedrinho Pegação”. Ao final da negociação, o gestor acertou a contratação da banda por R$ 25 mil, mas expressamente solicitou ao dono que lhe repasse “o dinheiro do refrigerante”.

Por Beatriz Souto Maior

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