A 26ª edição do Encontro da Consciência Cristã, em Campina Grande, neste ano, tem gerado polêmica por causa da participação, entre as estrelas do evento, do pastor norte-americano Douglas Wilson. O religioso é o líder mais influente da Igreja de Cristo, mas não é isso o que mais chama a atenção em relação a ele. O traço mais relevante da sua fama é ter escrito dois livros que buscam “tirar o estigma” do sistema escravista do sul dos Estados Unidos.
A presença dele, em Campina Grande, ocorre em meio à polêmica decisão do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) de proibir os desfiles carnavalescos em vários bairros da cidade, em detrimento do apoio ao evento religioso. O tema, inclusive, é alvo de uma ação civil pública movida pela Defensoria Pública da Paraíba, que considera a decisão inconstitucional. O prefeito tomou a decisão após assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual.
Mas voltando à Consciência Cristã, a participação de Wilson no evento teve repercussão nacional, não exatamente de forma positiva. Foi destaque em sites como Intercept Brasil e Carta Capital. E isso, principalmente, pela visão do pastor em relação à escravidão, uma chaga presente de forma marcante na história do Brasil.
A Consciência Cristã acontecerá em Campina Grande, na Paraíba, no próximo mês, já que ela é realizada no período de carnaval. O evento é organizado pela Visão Nacional para a Consciência Cristã, associação conservadora liderada por diversas igrejas evangélicas.
Wilson é um dos teólogos fundamentalistas mais reconhecidos da atualidade e exerce grande influência entre os conservadores reformados brasileiros. É, também, um dos principais nomes do nacionalismo cristão, fenômeno considerado por muitos especialistas como a maior ameaça à democracia dos Estados Unidos hoje – principalmente após a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2022.
Apoiador incondicional de Donald Trump, Wilson apoiou a fala do então presidente americano sobre o confronto entre neonazistas e manifestantes antirracistas em Charlottesville, na Virgínia, em 2017.
Veja matéria completa sobre o assunto no Intercept Brasil
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