O ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) errou em relação ao comentário feito sobre o deputado estadual Tovar Correia Lima, do mesmo partido. O tucano reproduziu nas redes sociais foto em que o parlamentar aparece apertando a mão do governador João Azevêdo (PSB). Embaixo, escreveu: “A política e suas decepções… vamos seguir em frente!” Logo depois, apagou o comentário. Questionado pela imprensa, classificou a postura como um erro, motivado por raiva momentânea. E ele tem razão: foi erro, sim, e grosseiro, principalmente por tratar um aliado de primeira ordem como propriedade.
Essa reação do deputado, mesmo seguida de arrependimento, é consequência do que temos visto nos últimos dias. De fato, tem havido uma progressiva aproximação de Tovar com o governador. Os dois se encontraram meses atrás, houve foto oficial e a sensação de adesão do parlamentar à base governista. O tempo, no entanto, mostrou que o alinhamento, se vier a acontecer, ficará para o futuro. Oficialmente, o parlamentar continua na oposição e aliado de Pedro e do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima. Isso, pelo menos, é o que se tem por verdade atualmente.
Mas é igualmente verdade que a postura do deputado, agora, expõe uma fratura no ninho tucano e afasta Tovar da base. Ao se pronunciar sobre o assunto, nesta quarta-feira (11), ele pediu “grandeza” e prometeu fazer discurso na Assembleia explicando a foto ao lado do governador. Também disse que passou a vida pública toda tratando com respeito o governador de plantão. Lembrou que fez oposição ferrenha ao senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) quando ele era prefeito de Campina Grande e, mesmo assim, tratava o hoje parlamentar com cortesia em eventos oficiais.
O que há de fato em tudo isso é que Pedro errou, admite que errou e o ataque ao aliado terá consequências.
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