O governado João Azevêdo (Cidadania) deve mesmo retornar para o PSB. As tratativas neste sentido estão em fase final e o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, já fala em realizar uma grande festa para receber o gestor e seu grupo. A mudança de ares acontece no momento em que o partido atual do governador trabalha para formar uma federação com o PSDB. Os tucanos são adversários do grupo liderado por Azevêdo no Estado e uma composição não é vista como possível no momento. O PSDB, inclusive, já lançou a pré-candidatura do deputado federal Pedro Cunha Lima contra o atual gestor.
A ida de João Azevêdo para o PSB traz ainda para o governador a possibilidade de figurar no palanque do ex-presidente Lula (PT). O movimento seria um duro golpe contra as pretensões do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB). O parlamentar, ex-aliado do atual governador, tarbalha por uma composição com o PT no Estado, tendo a anuência do ex-governador Ricardo Coutinho (PT). A articulação visa um palanque único para o presidente, tendo Veneziano como o detentor da exclusividade no apoio. A ida de João de volta para o PSB jogaria água no chopp.
O PSB tem articulado com o ex-presidente a criação de uma federação com o PT. Se ela for confirmada, como se espera, haverá dificuldade para o PT bancar um palanque único na Paraíba. Isso por que a federação funcionaria como um partido só. Há ainda possibilidade de o ex-presidente botar as duas lideranças no mesmo palanque e pedir votos para os dois, na linha do que aconteceu em Pernambuco em 2006. Na época, o PT tinha o senador Humberto Costa como candidato e Eduardo Campos, do PSB, também concorria com o apoio de Lula. O socialista acabou levando a melhor na disputa.
A notícia surge no momento em que o vice-presidente nacional do PT, Márcio Macedo, veio à Paraíba para articular o apoio do partido a uma possível candidatura de Veneziano Vital do Rêgo. O parlamentar deve confirmar segunda-feira (20) a candidatura e o apoio oficial do PT. A entrada do PSB no jogo acaba tirando um pouco do status de acordo consolidado como vem sendo apresentada a costura após muitas idas e vindas de Veneziano a Lula. O PSB tenta consolidar junto ao petista um acordo nacional, com apoio a socialistas em vários estados.
João Azevêdo militou no PSB por muitos anos. Em 2019, ele acabou deixando o partido em meio ao embate criado com o ex-governador e padrinho político, Ricardo Coutinho. A dificuldade de convivência entre os dois vem numa crescente desde então.
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