O jornal Valor Econômico publicou matéria nesta semana que descreve de forma melancólica a situação da oposição, na Paraíba. A menos de um ano das eleições do ano que vem, é difícil dizer quem será escalado para enfrentar o governador João Azevêdo (Cidadania). O último listado para a missão, inclusive com o apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD). Sem estrutura, ele agora traça rota de aproximação com Azevêdo. A esperança agora recai sobre o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O auxiliar do presidente é descrito na matéria do Valor Econômico como tábua de salvação para que Bolsonaro não fique sem mais um palanque na região Nordeste. Queiroga nega, porém, ouviu gritos de “governador” vindos do público ao fazer um discurso efusivo durante a inauguração de um trecho da transposição. Na oportunidade, ele fez duras críticas a governadores e prefeitos da região, na condução da pandemia. Deixou ali uma pista fosforescente de que poderá deixar o Ministério da Saúde para se dedicar à política. Ele é cotado para disputar vaga ao Senado pelo Rio também.
Lideranças ouvidas pela reportagem, no entanto, demonstraram surpresa com a virtual escalação de Queiroga para a missão. São os casos do comunicador Nilvan Ferreira, do PTB, e do deputado estadual Wallber Virgolino, do Patriota. Nenhum foi ouvido e guardam certo incômodo por sequer terem sido convidados para a última agenda do presidente no Estado. Virgolino, vale ressaltar, ressaltou a desorganização da equipe da Presidência da República, que esqueceu de convidar quem, na visão dele, realmente faz a defesa do presidente.
De fato, as lideranças paraibanas que dão sustentação ao presidente no Congresso evitam declarações que mostrem alinhamento no Estado. É o caso do deputado federal Hugo Motta (Republicanos). Ele foi o relator da MP dos Precatórios e faz discursos pró-governo na Câmara dos Deputados, mas não os repete na Paraíba com pedido de votos para Bolsonaro. O cenário, por isso, é de desolação no grupo oposicionista na Paraíba. A esperança deles é que o sentido do vento mude com o pagamento do Auxílio Brasil no ano que vem. Caso contrário…
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