O governador do Amazonas, Wilson Lima (União), surpreendeu a todos e viralizou nas redes sociais ao defender, nesta quinta-feira (30), que a multinacional Amazon pague algum tipo de royalties ao estado comandado por ele pelo uso da marca. O gestor disse em entrevista que vai defender isso durante participação na COP 28, em Dubai.
Mas se você me perguntar se ele tem razão ou chance de emplacar a tese, eu terei que dizer que não. E por quê? Simplesmente porque o nome da empresa é Amazon por ser inspirado no rio Amazonas, não no Estado. Mas isso nem é o mais exótico, afinal, a designação do manancial não surgiu como num passe de mágica. Ela é inspirada em uma tribo de mulheres guerreiras narrada na mitologia grega.
A entrevista, por isso, viralizou nas redes sociais, com muita gente achando a proposta um tanto quanto esquisitona. A origem do nome dado à Amazon foi explicada pelo autor do livro The Everything Store, Brian Stone. Ele conta como Jeff Bezos, dono da empresa, chegou à escolha ao se deparar com a grandiosidade do manancial. O rio nasce no Peru e segue pelo Brasil até chegar ao mar. É o maior do planeta.
Ainda na década de 1990, depois de tentar nomes como Cadabra — remetendo a Abracadabra e o poder da mágica — além de domínios como Awake.com, Browse.com, Bookmall.com e Relentless.com, Bezos e a sua então esposa, MacKenzie Tuttl, resolveram recorrer ao dicionário.
Como, na época, a listagem de sites na internet era baseada em ordem alfabética, Bezos começou a folhear a seção “A” do dicionário. Foi lá que ele se deparou com a palavra “Amazon” e decidiu que aquele era o nome perfeito para o que se tornaria a maior livraria do planeta.
Mas muito antes disso, o nome do rio foi escolhido por uma coincidência histórica. Uma expedição teria sido atacada, no século 16, por um exército de guerreiros comandados por mulheres indígenas. Na época, os colonizadores fizeram referência ao ataque desferido por gerreiras amazônicas, em referência às histórias da mitologia grega. Daí, o nome dado ao rio e depois a Estado.
Ainda bem que as guerreiras da mitologia não estão aqui para fazer cobranças ao governador.
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