O Ministério Público da Paraíba requisitou, nesta segunda-feira (19), a retomada das investigações acerca de um possível estupro de vulnerável praticado pelo ator José Dumont na cidade de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa. O fato teria ocorrido em 2009, mas só ganhou repercussão após a prisão do artista na semana passada, por críme idêntico no Rio de Janeiro. Dumont foi preso em flagrante na última quinta (15), quando agentes da Dcav (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima) encontraram cerca de 240 imagens de pornografia infantil armazenadas em um celular e em um computador dele.
As investigações, no caso paraibano, tiveram início em 2009 e foram motivadas pela denúnci feita por uma vizinha de Dumont, que apresentou o caso ao Ministério Público Federal. Ela relatou que o ator estaria recebendo em seu apartamento meninos na faixa de 8 a 14 anos. O caso foi repassado, após isso, para o Ministério Público Estadual e coube ao ógão requisitar a abertura de um inquérito na Polícia Civil. O inquérito policial, no entanto, estava parado desde 2013, já que agentes não conseguiram nem contatar o ator nem identificar os menores.
A polícia diz que tentou localizar o artista, por meio de carta precatória, em endereços de São Paulo e Rio de Janeiro. Em nota, a assessoria de imprensa da Promotoria paraibana afirmou que “com a prisão recente do acusado, o Ministério Público requereu a retomada das investigações, com o retorno dos autos à delegacia origem, para que a autoridade policial adote providências no sentido de interrogar o acusado, identificar e fazer oitiva de possível vítima”.
No Rio de Janeiro, a polícia apreendeu imagens que mostram cenas de sexo entre crianças de 8 a 11 anos. Ao ser indagado a respeito das imagens pelos agentes, o ator afirmou que “apenas realizou pesquisas em plataformas usuais, afirmando que as pesquisas se destinam exclusivamente a um estudo para a futura realização de um trabalho acerca do tema, sem tabus ou filtros e que tal pesquisa se faz necessária para exercer sua profissão”, diz relatório do caso, ao qual a Folha de São Paulo teve acesso.
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