Executivo
Mãe de Aguinaldo e Daniella, Virgínia Velloso é cotada como nome feminino do PP para compor o governo Lula
25/07/2023 06:50

Suetoni Souto Maior

Daniella Ribeiro, Aguinaldo e Virgínia Velloso no Congresso. Foto: Divulgação

O nome da ex-superintendente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) na Paraíba, Virgínia Velloso, está sendo cotada para compor o governo do presidente Lula (PT), em futura indicação do Partido Progressistas. Ela é mãe do deputado federal Aguinaldo Ribeiro e da senadora Daniella Ribeiro, ambos do PP. A missão desenhada seria a de ocupar o comando nacional da fundação já presidida por ela em nível local. A indicação visa atender uma cobrança de Lula, que pediu ao Centrão a apresentação de nomes de mulheres para não reduzir a representação feminina em cargos importantes do governo.

A negociação tem sido desenhada para acomodar PP e Republicanos no governo. A lista das pastas em discussão inclui a Caixa Econômica Federal e a Funasa. A preferência por indicações de nomes do sexo feminino atende a um pedido do próprio Palácio do Planalto, num momento em que Lula tem sido pressionado por aliados a não reduzir o número de brasileiras em cadeiras de destaque na máquina pública.

Com as tratativas em curso, o bloco tenta emplacar na presidência do banco estatal a ex-deputada Margarete Coelho (PP-PI), que é próxima ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ela substituiria outra mulher, Rita Serrano, ligada ao PT. Atual diretora de administração e finanças do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Margarete já atuou como advogada de Lira e também foi vice-governadora do Piauí na gestão de Wellington Dias (PT), hoje ministro do Desenvolvimento Social. Na conjuntura atual, porém, o PP local é adversário de Dias no estado, com a liderança do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Jair Bolsonaro.

Há uma preocupação do governo em compensar eventuais saídas de ministras, que podem perder o cargo para abrir espaço aos deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA). Com a escolha de Celso Sabino para o Ministério do Turismo no lugar de Daniela Carneiro, o governo já aumentou a desigualdade na Esplanada: são 10 mulheres entre 37 pastas.

O movimento, com a subtração de mulheres, tem rendido dores de cabeça a Lula, que é cobrado também para manter a representatividade feminina no Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda neste ano haverá a aposentadoria da ministra Rosa Weber, atual presidente da Corte. Há apenas duas mulheres entre os 11 ministros. A equação buscada, portanto, tem sido acomodar novos aliados, mantendo a representação feminina.

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