A operação Incoerência, desencadeada nesta quinta-feira (6), em conjunto pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, e pela Polícia Militar, visa um esquema de expropriação de imóveis em comunidades beneficiadas por programas sociais da prefeitura de João Pessoa. O foco atual está sendo na comunidade Tito Silva. As investigações mostraram que pelo menos metade dos imóveis foi tomada pelos traficantes e cadastrados no Programa João Pessoa Sustentável em busca dos benefícios.
O objetivo dos traficicantes, de acordo com a apuração, seria se apropriar de benefícios como a realocação para moradias oferecidas pela prefeitura ou indenização de R$ 115.000,00. Há indícios de que o mesmo esquema estaria sendo desenhado para outras áreas que também serão beneficiadas pela prefeitura da Capital. Na Tito Silva, por exemplo, a estimativa é que metade das moradias tenha sido expropriada pelos criminosos. Estão sendo cumpridos 60 mandados de busca e apreensão contra 54 pessoas, em 41 endereços. O grupo conta com um helicóptero da PM, que está sendo usado durante as buscas.
O programa social, neste caso, está sendo utilizado para aterrorizar a comunidade, segundo o apurado pelo blog. O grupo teria ramificações, também, na comunidade Laranjeiras e nos bairros José Américo e Funcionários III. O Gaeco e a PM estão utilizando 250 profissionais no cumprimento dos mandados, com a utilização também de um helicóptero.
O coordenador do Gaeco, Octávio Paulo Neto, explicou que a operação foi desencadeada pelas forças de segurança com o objetivo de se contrapor à expansão territorial das facções criminosas que atuam nos municípios. A investigação também apura a participação de movimentos tidos como “sociais” e de agentes políticos. Ele também pede à população que tenha informações sobre a prática que colabore com a investigação. Ouça o áudio do promotor AQUI.
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