Um dos ex-funcionários da Braiscompany, preso na Argentina, no ano passado, já encontra-se na Paraíba. Acusado de participação no esquema comandado por Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, sócios da empresa, o ex-colaborador, que não teve o nome revelado, foi escoltado pela Polícia Federal durante a madrugada desta quinta-feira (1º) até o seu destino final: o Presídio do Serrotão, em Campina Grande. Uma estimativa dos prejuízos para os clientes da empresa de criptoativos, publicada pelo jornal O Globo, ano passado, mostra que as perdas causadas podem chegar a R$ 600 milhões.
O alvo da operação ocorrido na madrugada desta quinta-feira havia sido preso dia 19 de junho do ano passado, em Puerto Iguazu, na Argentina, 11 dias depois do alerta vermelho emitido pela Interpol. Esse alerta é para a prisão com intenção de extradição, concretizada após os trâmites entre as justiças argentina e brasileira. Além dele, foram presos também Victor Hugo, Sabrina Mikaelly e Arthur Barbosa, estes últimos em Foz do Iguaçu-PR, quando tentavam fugir para o país vizinho. Todos tiveram os mandados de prisão decretados pela 4ª Vara Federal de Campina Grande/PB.
Todos foram alvos da operação Halving, deflagrada há um ano. Eles são acusados de participação em esquema de pirâmide financeira por fraude com criptomoedas. O suspeito extraditado pela Argentina, segundo a Polícia Federal, é apontado como um dos diretores de empresa que captava investidores em criptomoedas com promessa de lucro de 8% ao mês. A Operação Halving combate crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais. Entre 2019 e 2023, estima-se que tenham sido movimentados quase R$ 2 bilhões em criptoativos, em contas vinculadas aos suspeitos do esquema criminoso.
Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos ainda estão foragidos e são procurados pela Interpol.
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