Executivo
Ex-ministro de Bolsonaro, Queiroga cita Tarcísio de Freitas como opção do ‘bolsonarismo’ em caso de inelegibilidade
22/06/2023 16:06
Suetoni Souto Maior
Marcelo Queiroga (D) ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

A perspectiva de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem deixado apreensivos os aliados mais próximos do ex-gestor. Durante entrevista nesta quinta-feira (22), o ex-ministro Marcelo Queiroga disse não ver elementos suficientes para que se gere impedimento às pretensões eleitorais do ex-mandatário por oito anos. Ele é alvo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por causa de acusações de abuso de poder político nos ataques às urnas eletrônicas durante reunião com embaixadores, em julho do ano passado.

O primeiro dia de julgamento deixou claro que o caminho a ser seguido pelo TSE será mesmo o de decretar a inelegibilidade do ex-presidente. O relatório do ministro Benedito Gonçalves, lido nesta quinta-feira, relacionou a reunião com embaixadores com fatos supervenientes verificados posteriormente, como a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres (Justiça). A votação prossegue na próxima terça-feira (27), com perspectiva de vantagem elástica para a cassação. O único ministro propenso a inocentar Bolsonaro é Kássio Nunes Marques, indicado por ele para a Suprema Corte.

Queiroga, por outro lado, diz acreditar que não haverá condenação e que, caso ela aconteça, como é o mais provável, o “tiro sairá pela culatra”. Ele aponta o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), como nome para liderar o conservadorismo nas próximas eleições. O gestor paulista foi apoiado por Bolsonaro na eleição passada. Queiroga alega ainda que o bolsonarismo se tornou maior que o ex-presidente e, por isso, outra pessoa vai assumir a “missão” caso ele seja impedido.

Queiroga se filiou ao PL na semana passada e foi apresentado pelo presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, como candidato a prefeito de João Pessoa. A decisão revoltou as principais lideranças políticas da sigla na capital. O comunicador Nilvan Ferreira e os deputados Cabo Gilberto e Wallber Virgolino não aceitam a imposição e cobram a definição através de pesquisa de opinião. O julgamento de Jair Bolsonaro, no entanto, pôs o assunto em banho-maria.

Quer receber todas as notícias do blog através do WhatsApp? Clique no link abaixo e cadastre-se: https://abre.ai/suetoni

Palavras Chave