O juiz José Guedes, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, aceitou a terceira denúncia referente ao escândalo de corrupção que teria ocorrido no Hospital Padre Zé. O caso da vez diz respeito ao sumiço dos celulares doados pela Receita Federal para ajudar a instituição de saúde. Com a decisão, foram tornados réus o Padre Egidio de Carvalho e Samuel Rodrigues Segundo. A ação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) aponta o sumiço de dezenas de celulares em caso que foi investigado inicialmente pela Polícia Civil.
Toda a renda da venda dos celulares deveria ser doada para o Hospital Padre Zé, mas acabou sendo desviada. O sumiço foi o pivô da investigação que resultou na operação Indignus e na denúncia de um esquema muito maior de desvio de dinheiro das doações. O rombo causado pelo suposto esquema, de acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) seria de R$ 140 milhões, entre os anos de 2013 e 2023. O montante é superior ao revelado na operação Calvário (R$ 134,2 milhões), que tinha agentes públicos e fornecedores do governo do Estado como alvos.
Na denúncia, o Ministério Público pede que os réus paguem, solidariamente, mais de R$ 1,5 milhão em decorrência dos crimes. Seriam R$ 525,8 mil a título de danos materiais e mais R$ 1 milhão por danos morais coletivos em decorrência dos supostos crimes. O padre Egídio é acusado de ter constituído uma verdadeira fortuna enquanto esteve à frente do Hospital e da ASA. O religioso comprou imóveis de luxo nos estados da Paraíba, Pernambuco e São Paulo, alguns em nome de terceiros. Foram 29 ao todo, de acordo com o que foi revelado pelo Gaeco.
Tanto Egídio quanto Segundo chegaram a ser presos em etapas diferentes da investigação. Atualmente, ambos cumprem medidas cautelares.
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