Executivo
Em disputa com Veneziano por Lula, João Azevêdo fecha as portas da majoritária para quem não vote no petista
03/03/2022 15:47
Suetoni Souto Maior
João Azevêdo será sabatinado na Câmara de João Pessoa nesta segunda. Foto: Divulgação/Secom-JP

O governador João Azevêdo (PSB) reafirmou nesta quinta-feira (3) que não haverá espaço na chapa majoritária comandada por ele para quem não estiver comprometido com o projeto de eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dono de uma base de apoio eclética, o socialista exclui, com a decisão, nomes proeminentes da sua base aliada. A lista dos “indesejáveis” é encabeçada pelo deputado federal Efraim Moraes (União Brasil), que vem trabalhando para construir uma candidatura ao Senado. O parlamentar tem posição história de oposição ao PT na Paraíba e no plano nacional.

O movimento de João Azevêdo ocorre no momento em que ele disputa com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) o posto de candidato de Lula na Paraíba. A ida do gestor para o PSB pavimentou o caminho para que não haja exclusividade no apoio ao ex-presidente no Estado. A construção encabeçada pelo parlamentar era feita através da direção estadual do partido, tendo como fiador o ex-governador Ricardo Coutinho, que voltou à sigla após quase 20 anos. Por ela, não haveria divisão de palanque e a exclusividade seria de Veneziano. A filiação de João ao PSB tirou essa certeza.

Durante entrevista ao jornalista Thiago Maraes, nesta quinta, o governador tratou de explicar que não está rejeitando apoios. Se um postulante a cargo eletivo neste ano quiser votar nele e em qualquer outro candidato no plano nacional, ele poderá fazê-lo. A restrição será apenas para quem quiser figurar no palanque, como membro da chapa majoritária. Os espaços disponíveis são os destinados à disputa do cargo de vice-governador e para o Senado. Para Efraim ocupar este espaço, ele teria que mudar de posição em relação ao candidato ao governo federal.

Efraim trava uma disputa não oficial com o também deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP). A rigor nenhuma das opções se enquadraria no requisito estabelecido por João Azevêdo. A situação é um pouco mais confortável para o progressista, já que apoiou o PT em outras oportunidades. Seja qual for a decisão final do governador, um lado sairá insatisfeito.

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