O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) solicitou à Polícia Civil cópias do inquérito que investiga denúncias de pedofilia contra o médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, de 81 anos. A investigação na entidade foi aberta na semana passada, após denúncia protocolada pelo advogado da família de uma menina de 9 anos, que teria sido abusada pelo profissional durante consulta. O caso ocorreu no mês passado e serviu de estopim para várias outras denúncias, inclusive uma feita pela sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima, que relatou um caso de abuso que teria ocorrido quando ela também tinha 9 anos. Hoje ela tem 41.
O pedido das cópias do inquérito, segundo o CRM, foi para agilizar o processo que pode resultar em punição para o médico pediatra. O período normal de uma sindicância é de 90 dias, mas, pela gravidade do tema, a entidade pretende acelerar a apuração. “Dando amplo direito de defesa, a gente pretende de uma forma célere concluir até para que dê uma resposta a todos que tem interesse”, disse o presidente do CRM, Bruno Leandro, em entrevista recente à TV Cabo Branco.
A denúncia
O caso foi denunciado à Polícia Civil no dia 25 de julho, quando a mãe relatou ter flagrado a violência sexual. A investigação está em segredo de justiça e o nome do médico não foi divulgado no primeiro momento. Posteriormente, com a denúncia formulada pela sobrinha, o caso veio à tona.
A mãe da vítima contou à polícia que estava com as duas filhas no consultório do médico. Ela afirma que transcrevia uma receita de remédios, enquanto o médico estava no outro lado do consultório brincando com a filha caçula dela no colo e, ao mesmo tempo, abusando da menina de 9 anos.
A mãe afirma que quando terminou de transcrever a receita, ela se levantou e se direcionou para a frente da maca e se deparou com o médico tocando as partes íntimas da criança. A mulher contou que retirou a filha do local, foi até a delegacia e registrou a denúncia.
“O objetivo também de aprofundarmos as investigações, além de robustecer a denúncia específica, é verificar se há outras vítimas. Caso existam outras vítimas desse profissional, que procurem a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância da capital, localizada no Centro”, afirmou Cristiano Santana.
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