Judiciário
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça mantém prisão do padre Egídio
30/01/2024 11:45
Suetoni Souto Maior
Padre Egídio foi preso no dia 17 de novembro. Foto: Divulgação

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) manteve, nesta terça-feira (30), as prisões do padre Egídio de Carvalho Neto, e das ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Amanda Duarte e Jannyne Dantas. A decisão unânime foi proferida após a leitura do voto do relator, o desembargador Ricardo Vital de Almeida. O magistrado narrou, uma a uma, as acusações que pesam contra o religioso e as duas profissionais. O resultado não poderia ser outro: os desembargadores Joás de Brito Pereira e Márcio Murilo seguiram integralmente o relator.

No caso de Amanda, ela seguirá em prisão domiciliar. Os outros dois permanecerão em unidades prisionais. No seu voto, Ricardo Vital lembrou o fato de o padre ter se apropriado de recursos de doações destinados à assistência de miseráveis atendidos pela Ação Social Arquidiocesana (ASA) e pelo Hospital Padre Zé. O religioso comprou imóveis de luxo nos estados da Paraíba, Pernambuco e São Paulo, alguns em nome de terceiros. Foram 29 ao todo, enquanto pessoas pobres ficavam sem assistência na unidade de saúde.

O recurso ao segundo grau foi pedido pelas defesas dos suspeitos, sob o argumento de que a liberdade cautelar deles não traria mais riscos às investigações. O Ministério Público, por outro lado, defendeu a manutenção das prisões. Os três são investigados no âmbito da Operação Indignus, que apura desvios milionários no Hospital Padre Zé. O prejuízo teria superado a marca dos R$ 140 milhões, de acordo com as investigações.

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