O promotor Alexandre Jorge do Amaral Nóbrega divulgou nota, nesta quarta-feira (14), para justificar a suspeição alegada no processo que envolve o pediatra Fernando Paredes Cunha Lima. O médico de 81 anos é acusado de abuso sexual contra várias crianças, incluindo duas sobrinhas. Jorge foi o segundo membro do Ministério Público da Paraíba a se declarar impedidos de analisar o caso por força de foro íntimo. O primeiro foi Arlan Costa Barbosa.
Em relação ao seu caso, Alexandre Jorge garantiu não ter relação de amizade ou apreço em relação a Cunha Lima. Também assegurou que o profissional nunca atendeu os filhos dele. “Os motivos que levaram à minha suspeição foram: primeiro, conheço parentes próximos do acusado, o que não me deixaria à vontade para atuar no processo”, ressaltou no comunicado.
Jorge também explicou que não atua na área criminal e que sua a área é a cível, sendo o 40º promotor de João Pessoa com atuação na área de patrimônio público e fundações.
“Ocorre que, de acordo com ato interno do MPPB (portaria de substituições), eu seria o primeiro substituto do promotor Arlan Costa, que manifestou sua suspeição para atuar no processo. Mas por entender que há fatos graves investigados e que o processo seria mais bem examinado por um promotor da área criminal, manifestei-me antecipadamente para que houvesse mais celeridade na designação de um membro que esteja em condições de atuar no processo com total imparcialidade e que tenha atribuição para isso”, destacou.
As suspeições acabaram gerando críticas de parte da imprensa, mas a assessoria do MPPB explicou que não foram elas que motivaram a nota, mas sim uma decisão do próprio promotor.
A Polícia Civil concluiu o inquérito relacionado às acusações contra o médico e o conteúdo será encaminhado à Justiça. Fernando Cunha Lima foi denunciado no mês passado pela mãe de uma menina de 9 anos. Ele teria abusado da menor num momento de descuido da genitora. Assim que o caso veio à tona, a sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima, revelou que também havia sido abusada pelo médico quando também tinha 9 anos. Este caso provocou denúncias em série contra o profissional. Gabriela tem, hoje, 42 anos.
O nome do promotor que vai analisar o caso e decidir se denuncia ou não o médico ainda não foi definido.
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