Todo mundo conhece ao menos uma ou duas estratégias para mandar alguém indesejado embora. Umas vezes nega atenção, em outras demonstra incômodo e, em muitos casos, manda embora mesmo, simples assim. No caso da relação entre o apresentador Nilvan Ferreira e o PL, falta apenas a última das estratégias narradas acima. E olha só, não estamos falando de uma pessoa qualquer. O político representou o partido na disputa do governo do Estado no ano passado e fazia planos para disputar as eleições deste ano, em João Pessoa. Acontece que o espaço na chapa já tem dono e deve ser preenchido pelo ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O ex-ministro foi apresentado como potencial candidato a prefeito de João Pessoa pelo presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. Nilvan e os deputados Cabo Gilberto (federal) e Wallber Virgolino (estadual) foram escanteados neste processo. E não tiveram, sequer, o direito de ser ouvidos sobre o assunto. Eles culpam o deputado federal e presidente estadual do partido, Wellington Roberto, pelo que chamam de caça às bruxas. O caso de Gilberto ainda é mais grave, por ele ser o presidente municipal do partido e, mesmo assim, não ter autonomia para conduzir o processo eleitoral da capital.
O fato mais recente nesta novela ocorreu nesta semana, quando Queiroga sugeriu que Nilvan Ferreira seja candidato a prefeito em Campina Grande, onde ele conseguiu mais de 54 mil votos nas eleições do ano passado. O comunicador, por outro lado, deu entrevistas dizendo que não tem interesse no desafio e se apresenta como opção para a capital. Ele promete disputar as eleições do ano que vem, mesmo que tenha que se desfiliar do PL. Recentemente, sentou com o senador Efraim Morais para discutir uma possível mudança para o União Brasil.
E vai ter que fazer isso mesmo. O que fica muito claro, em meio a tudo isso, é que a imposição do nome de Queiroga é jogo jogado. O foi trabalhado por Wellington Roberto para tirar os espaços de Nilvan, Cabo Gilberto e Wallber no partido. A pré-candidatura do ex-ministro tem a simpatia do ex-presidente Jair Bolsonaro e tende a ser consolidada, mesmo que a um preço altíssimo para o bloco de direita na capital paraibana. Não restará, portanto, outro caminho a Nivan que não seja a porta de saída.
Até porque, para muito além do diversionismo, a sugestão de candidatura de Nilvan em Campina Grande, feita por Queiroga, soou como mais um chega pra lá. O final desta novela todo mundo já sabe.
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