Executivo
Sem vice e sem aliados, Ciro escolhe o “Dia do Amigo” para formalizar nova candidatura à Presidência
20/07/2022 07:44
Suetoni Souto Maior
Ciro Gomes tenta convencer eleitores da sua viabilidade política. Foto: Reprodução/Facebook

O ex-ministro Ciro Gomes (PSD) será o primeiro, entre os nomes cotados para a disputa da Presidência da República nas eleições deste ano a formalizar a candidatura. A postulação ocorre em meio a um quadro de relativo abandono em relação a alianças e até dificuldades para a consolidação de palanques regionais. Na Paraíba, por exemplo, a sigla não lançará candidato ao governo e nem conquistou a simpatia de nenhum dos pré-candidatos ao Palácio da Redenção – um quadro similar ao ocorrido em outros estados brasileiros.

Diante do quadro de abandono, a convenção partidária que vai consolidar o nome de Ciro ocorre, curiosamente, no Dia do Amigo, esta quarta-feira (20). O partido também não definiu quem vai ser o vice na coligação. Sabe-se apenas da preferência por um nome feminino e de uma mulher filiada ao PDT. Dois nomes do PDT já foram ventilados para a chapa de Ciro: a senadora Leila Barros (DF) e a ex-reitora da Universidade de São Paulo (USP) Suely Vilela. A parlamentar foi procurada por uma ala da legenda no final de junho, mas deixou claro que prefere concorrer ao governo do Distrito Federal.

Suely, por sua vez, se filiou ao PDT em março. Ela foi a primeira mulher a ser indicada à reitoria da USP, cargo que ocupou de 2005 até 2009. Depois, entrou no PSB e tentou uma vaga de deputada estadual em 2018, mas não se elegeu. Dois anos depois, foi derrotada no segundo turno da disputa pela prefeitura de Ribeirão Preto, no pleito vencido por Duarte Nogueira (PSDB). O caminho trilhado é semelhante ao de 2018, quando o PDT comunicou no último dia do prazo das convenções que a vice seria a senadora Kátia Abreu (PP-TO), na época filiada ao partido. Na ocasião, a sigla aliou-se apenas ao Avante na eleição à Presidência.

Em 2018, Ciro ficou em terceiro lugar na votação do primeiro turno, na eleição para Presidente da República, com 12,47%, atrás de de Jair Bolsonaro (hoje no PL), com 46,03%, e de Fernando Haddad (PT), com 29,28%. As pesquisas eleitorais deste ano mostram um cenário novamente parecido com o de quatro anos atrás, com o pedetista aparecendo em terceiro lugar nas pesquisas, atrás do ex-presidente Lula (PT) e do presidente Bolsonaro.

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