Legislativo
Se redução de vagas tivesse valido em 2022, eleição de metade dos deputados federais paraibanos correria risco
28/08/2023 16:22
Suetoni Souto Maior
Deputados paraibanos podem perder representatividade no Congresso. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Um levantamento feito pelo blog mostra que os deputados federais e estaduais paraibanos têm muito a temer, caso seja efetivada a redução do número de cadeiras na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, em 2026. Isso porque para além da redução da representatividade política e do envio de emendas parlamentares ao Estado, a eleição da classe política para as vagas será dificultada pelo aumento do quociente eleitoral. Menos vagas implicará na necessidade de mais votos para que se alcance o objetivo eleitoral na Câmara e na Assembleia.

Como o número de vagas na Câmara dos Deputados será reduzido de 12 para 10 no próximo pleito, o quociente eleitoral também será majorado. Ele foi de 184,1 mil votos em 2022 e poderia ter sido de 220,9 mil, caso a redução já tivesse valido no ano passado. Isso ocorre porque o quociente eleitoral partidário tem como base o total de votos válidos dados na eleição dividida pelo número de vagas disponíveis. A partir daí, a cada vez que a soma de todos os votos dados aos candidatos de um partido atinge esse quociente, um candidato é eleito.

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E aí está o problema. Seis dos 12 eleitos no pleito do ano passado correriam risco de ficar de fora se as regras previstas para 2026 já estivessem valendo. Isso porque os partidos não conseguiram votos suficientes e os eleitos foram definidos por uma média de votos de todos os partidos. O Republicanos, por exemplo, conseguiu 470.449 no pleito. Se o quociente eleitoral fosse de 220 mil, dois deputados seriam eleitos e um dependeria de média. Ou seja, passariam Hugo Motta, com 158 mil votos, e Murilo Galdino, com 112 mil votos. Wilson Santiago ia depender da média, na disputa com outros partidos.

Confira as votações dos partidos e os eleitos em 2022

Republicanos: 470.449

Hugo Motta (Republicanos) – 158.171 votos

Murilo Galdino (Republicanos) – 112.891 votos

Wilson Santiago (Republicanos) – 84.407 votos

Progressistas: 319.299 votos

Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) – 135.001 votos

Mersinho Lucena (Progressistas) – 114.818 votos

PL: 273.385 votos

Cabo Gilberto Silva (PL) – 126.876 votos

Wellington Roberto (PL) – 109.067 votos

PSC: 311.874

Romero Rodrigues (PSC) – 114.573 votos

Ruy Carneiro (PSC) – 102.531 votos

PSB: 229.081

Gervasio Maia (PSB) – 69.405 votos

Brasil da Esperança 174.710

Luiz Couto (PT) – 54.851 votos

União Brasil 204.286

Dr. Damião (União Brasil) – 64.023 votos

De acordo com a decisão do Supremo, o estado que mais vai perde representatividade é o Rio de Janeiro, que terá o número de vagas reduzido de 46 para 42 vagas. Bahia, Rio Grande do Sul, Piauí e Paraíba perderiam 2 vagas cada um. Já os estados de Pernambuco e de Alagoas teriam menos 1 cadeira na Câmara. Por outro lado, as bancadas de Santa Catarina e Pará cresceriam, com mais 4 vagas para cada estado. O Amazonas ganharia mais 2 vagas, enquanto Minas Gerais, Ceará, Goiás e Mato Grosso teriam um assento a mais cada. Os demais estados e o Distrito Federal manteriam o mesmo número de vagas.

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