O ministro Marcelo Queiroga (Saúde) chegará à Paraíba, na próxima sexta-feira (28), no momento em que o país enfrenta nova curva ascendente de contaminações pelo novo Coronavírus. Em reunião com o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, ele anunciou o envio de novas vacinas ao estado natal. Serão 101 mil doses de Astrazeneca chegando durante a madrugada desta quinta-feira (27). Antes disso, em audiência na Câmara dos Deputados, ele falou sobre o risco da terceira onda e admitiu que os prefeitos terão que adotar novas medidas restritivas para fazer frente ao vírus.
O discurso do ministro paraibano está desconectado com o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste aspecto, já que o gestor ameaça colocar o Exército na rua contra decretos restritivos de governadores e prefeitos. Mas o fato é que medidas do gênero não vão demorar a sair do papel, já que em todo o Brasil os números são desanimadores. Na Paraíba, a ocupação dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) já superam a casa dos 80%. No Sertão, este índice chega a 91%. E as internações vêm crescendo semana a semana.
Ao ministro, Geraldo Medeiros apresentou quatro reivindicações. “100 respiradores, 1 acelerador linear para o Hospital do Bem em Patos, projeto piloto de Trauma na Paraíba e projeto piloto para estratégia para Soro prevalência e vacinação em massa no sertão paraibano”, explicou o secretário. Ele disse que os pedidos serão analisados pela área técnica do Ministério da Saúde.
Nova cepa
Durante a audiência na Câmara dos Deputados, Queiroga apontou que essa terceira onda, se ocorrer, pode ser provocada pelo avanço no país de uma nova cepa do coronavírus. Ele não citou especificamente a variante indiana, que já foi identificada em sete pacientes infectados no país. Dessas, seis são tripulantes de um navio atracado no Maranhão – um deles está intubado em um hospital do estado. A outra pessoa identificada com a cepa indiana é um morador de Campos dos Goytacazes (RJ) que chegou ao Brasil, via aeroporto de Guarulhos, no dia 22 de maio.
“Estávamos com medidas de bloqueio, mas quando houve mais disponibilidade de leitos, se flexibilizou. E pode haver tendência de aumento de casos, que vai se refletir em nova pressão sobre sistema de saúde. Mas também pode ser fruto de uma variante. Nós não temos essa resposta ainda”, declarou o ministro, segundo matéria publicada pelo G1.
Queiroga disse que o Ministério da Saúde está vigilante para orientar os governos locais sobre medidas para evitar uma terceira onda e não descartou a necessidade de adoção, por parte dos municípios, de novas medidas de isolamento social. “De acordo com a situação de cada município, pode ser necessário que se adote uma medida restritiva, mas cabe a cada autoridade municipal. O Ministério da Saúde fica vigilante para que se possa orientar. E vamos trabalhar juntos para que se possa evitar essa terceira onda.”
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