Há pouco mais de um ano, em pleno período eleitoral, o dirigente partidário Roberto Jefferson se entrincheirava em casa e atirava contra policiais federais para tentar evitar a própria prisão. Falastrão e com longo histórico de condenações por corrupção, ele buscava um confronto público com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Passado este tempo, hoje preso e esquecido, o político se vê, também, alijado da vida partidária. Depois de presidir o PTB por décadas, ele ficou de fora da nova sigla criada com a fusão do partido com o Patriotas.
A criação do Partido Renovação Democrática (PRD) foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal. Ele terá um fundo partidário de R$ 24,6 milhões. Nos últimos anos, o PTB abrigou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o próprio Jefferson e o ex-deputado federal Daniel Silveira, além do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Com as contas bloqueadas pelo TSE e sem atingir a cláusula de barreira, a sigla viu na fusão a única saída para sua sobrevivência.
Um dos mais tradicionais partidos do país, fundado por Getulio Vargas e que por décadas representou o trabalhismo na política brasileira, vinha diminuindo sua bancada no Congresso, o que se aprofundou com a guinada bolsonarista dada nos últimos anos por Roberto Jefferson, presidente de honra da sigla.
Jefferson cumpre prisão preventiva desde junho deste ano. Em outubro do ano passado, Jefferson se tornou alvo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após descumprir medidas cautelares de sua prisão domiciliar, que cumpria desde janeiro de 2022. O ex-parlamentar resistiu a ordem de prisão e disparou três granadas contra os policiais. Jefferson foi preso inicialmente em agosto de 2021, réu do inquérito das milícias digitais.
Quer receber todas as notícias do blog através do WhatsApp? Clique no link abaixo e cadastre-se: https://abre.ai/suetoni
23/04/2025 08:28
23/04/2025 07:36