A prefeitura de João Pessoa oficializou, nesta quarta-feira (19), a contratação da empresa que ficará responsável pelos estudos sobre a possibilidade de engorda em quatro praias da capital afetadas pelo abanço do mar. A relação inclui Bessa, Manaíra, Ponta do Seixas (Falésia do Cabo Branco) e Jacaré (Pólo Turístico). A empresa escolhida para o trabalho é a Alleanza Projetos e Consultoria LTDA EPP, a mesma que foi responsável por obra similar em Balneário Camboriú e Balneário Piçarras, em Santa Catarina.
O contrato firmado é de R$ 275.502,40 e vai bancar a elaboração de um “projeto conceitual de proteção costeira e urbanização, de acordo com o descrito no termo de homologação”. Serão necessários, também, estudos de modelagens numéricas e anteprojetos de engenharia para redução do processo de erosão costeira e nutrição artificial das quatro praias. A empresa escolhida assina uma série de projetos e obras de urbanização costeira, localizadas, principalmente, no Sul do país.
De acordo com o termo assinado pelo secretário de Infraestrutura de João Pessoa, Rubens Falcão, o objetivo do contrato é “permitir o uso contínuo da praia por turistas e banhistas locais, bem como proteger as infraestruturas existentes e restabelecer dunas e vegetações costeiras, conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas no Termo de Referência que compõe o processo”.
O tema engorda de praia tem gerado controvérsias na capital ao longo dos últimos 35 anos, pelo menos. A proposta que avançou mais foi tocada durante o governo do hoje deputado estadual Luciano Cartaxo (PT), que deixou a prefeitura em 2020. O plano executado por ele previa engorda, enrocamento e intervenção no continente, na área da Falésia do Cabo Branco, porém, apenas as duas últimas saíram do papel. Adversário do prefeito Cícero Lucena (PP), Cartaxo tem se colocado como opositor da atual proposta.
Em meio às críticas dos adversários políticos e de entidades, o prefeito reclamou dos opositores pelo fato de não haver, ainda, estudos e nem projeto. Só depois disso, ele reforça, a proposta poderia ser confrontada pelos críticos. A estimativa inicial é que o projeto completo, caso ele saia do papel, custe mais de R$ 200 milhões. Além de Balneário Camboriú, Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE) e Jaboatão (PE) têm experiências similares com engorda de praia. Depois de concluído o projeto, ele ainda terá que ser analisado e aprovado pelos órgãos ambientais para que possa ser retirado do papel.
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