O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta segunda-feira (24) que o general e ex-ministro Eduardo Pazuello (Saúde) deve sofrer punição. O motivo, se é que mais algum seja necessário, foi a ida dele a um ato político com a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), neste domingo (23). As regras internas do Exército proíbem a participação de oficiais da ativa em qualquer manifestação de cunho político. O mais provável é que ele seja removido para a reserva das Forças Armadas.
Pazuello, dentro do Exército, virou aquele “cunhado mala” que só dá dor de cabeça. Ele participou de um ato promovido por motociclistas com a participação do presidente no Rio de Janeiro. Ao lado do gestor, o general não usou máscara e ainda discursou. O episódio, unido a vários outros, trouxe desgaste para os militares. Eles estão no governo, mas, em geral, preferem manter uma distância de segurança, temendo desgaste à imagem positiva construída após o afastamento da política no pós-ditadura.
O próprio Mourão já foi punido no passado por causa de posição política. Mas o caso de Pazuello tem sido reiterado. Desde o ano passado ele enfrenta cobranças para deixar a ativa. Apesar disso, resiste. Ao ser convocado para a CPI da Pandemia, no Senado, o ex-ministro chegou a cogitar ir para a sabatina fardado. E esse é um alinhamento que as Forças Armadas não querem. E não por outro motivo: o general é, certamente, o pior ministro da história da pasta. E isso em meio a uma pandemia torna o problema ainda mais evidente.
O caso de Pazuello deverá ser resolvido internamente. O desgaste gerado por ele, no entanto, já foi bem longe.
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