A presença do prefeito Cícero Lucena (PP) nas agendas administrativas do governador João Azevêdo (PSB) em João Pessoa tem alimentado, nas rodas políticas, a tese de que o anúncio do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) como parceiro do gestor na chapa majoritária é questão de tempo. De acordo com o apurado pelo blog, o parlamentar ocupa o posto de plano “a”, “b” e “c” quando o assunto é a vaga de postulante ao Senado na chapa que será encabeçada por Azevêdo na tentativa da reeleição. E Cícero, neste roteiro, ocupa o papel de destaque na articulação.
O prefeito é aliado de primeira hora de João Azevêdo, fruto de uma costura que resultou no apoio do socialista a Cícero na campanha de 2020, vencida pelo progressista. Nesta terça-feira (24), os dois estiveram juntos na visita do governador a um canteiro de obras para a instalação de 25 km da nova rede de gás natural em João Pessoa. O serviço está sendo realizado pela PBGás, que foi criada por Cícero em seu mandato como governador da Paraíba. Ele comandou o Estado em 1994, quando o então governador, Ronaldo Cunha Lima, renunciou ao mandato para concorrer ao Senado.
“É muito importante buscar alternativas de energias renováveis e para mim é motivo de alegria ver essa expansão, já que foi em minha gestão como governador, em 1994, que a PBGás foi criada. É preciso olhar para o futuro, como João está fazendo, e isso atrai empresas, gera emprego e isso mostra uma gestão que pensa no futuro da Paraíba”, afirmou Cícero, numa agenda em que ele e o governador buscaram demonstrar afinamento administrativo.
O trabalho, nesta fase, é de aparar as arestas na base governista para que o nome de Aguinaldo Ribeiro seja lançado sem a resistência da ala fiel a João Azevêdo, que mantém compromisso com o deputado federal Efraim Filho (União Brasil). As entrevistas dadas pelo governador, no evento, sinalizaram neste sentido. Ele afirmou que a partir do momento que o grupo fechar consenso em torno dos nomes da chapa majoritária, todos terão que seguir. O gestor evitou falar em exclusão de eventuais rebeldes. “Vamos analisar caso a caso”, disse.
O incômodo externado por Aguinaldo em relação a eventual racha na base governista começa a encontrar eco. O consenso é o de que fica difícil justificar que os apoiadores de João votem em Efraim, pelo fato de ele compor a chapa do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), que disputará o governo. Um dos maiores defensores do apoio do Republicanos a Efraim, o presidente da Assembleia, Adriano Galdino, já fala no inconveniente de Efraim pedir votos para Pedro em cidades onde os dois têm acordo eleitoral. Outros têm seguido no mesmo caminho.
Pelo que se diz nos bastidores, o anúncio da composição está próximo.
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