O prefeito de Cabedelo, Vítor Hugo (União Brasil), ironizou na tarde desta segunda-feira (11) a proposta do presidente estadual do PSB, Gervásio Maia, de indicação do candidato a vice na chapa que será encabeçada pelo partido nas eleições municipais do ano que vem. O caminho foi indicado pelo socialista durante a entrega de reforma no Porto de Cabedelo, durante a manhã. O gestor municipal virou assunto na solenidade por ter sido ignorado na lista de convidados para o evento. Ele e o governador João Azevêdo (PSB) estão rompidos desde as eleições do ano passado, quando o gestor municipal apoiou Pedro Cunha Lima (PSDB) para o governo.
Questionado sobre o assunto, mais cedo, o deputado federal Gervásio Maia procurou reduzir a tensão em torno do tema. Ele disse que o partido terá como candidato na cidade o atual diretor-presidente da Companhia Docas da Paraíba, Ricardo Barbosa. Mas como Vítor Hugo não tem mais como disputar as eleições, o caminho alternativo seria ele indicar o vice na chapa que deve ser encabeçada pelo dirigente do porto, que foi deputado estadual até o ano passado. Em entrevista à rádio CBN, na tarde desta segunda-feira, o prefeito negou essa possibilidade.
Ele disse que o grupo dele tem um tamanho maior que o de Ricardo Barbosa e, por isso, não teria como indicar o vice. “A roda grande não gira dentro da pequena”, ironizou. Vítor Hugo defende a candidatura do deputado federal Mersinho Lucena (PP), filho do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, do mesmo partido. O gestor ignorou a possibilidade de isso dificultar a relação do gestor pessoense com o grupo do governador João Azevêdo, por tratar-se de pleitos em cidades diferentes. Outro nome especulado é o do deputado estadual George Morais (União Brasil).
O governo do Estado entregou em Cabedelo, nesta segunda, dragagem do canal de acesso e bacia de evolução do Porto de Cabedelo. A obra, segundo João Azevêdo, vai permitir a atracação de navios de grande porte, tornando o porto mais competitivo e fomentando a geração de empregos e novos negócios. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 120 milhões, fruto de recursos próprios do governo da Paraíba. Esta é a explicação do ponto de vista administrativo, mas há ainda uma questão política importante a ser observada na cidade portuária.
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