O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), prometeu empenho neste domingo (8) para punir os terroristas que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília. O mandatário iniciou o pronunciamento, no início da noite, pedindo desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela leniência do sistema de Segurança Pública do Distrito Federal. A omissão do aparelho estatal permitiu que bolsonaristas invadissem e vandalizassem os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
Ibaneis deminiu o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e convocou todo o efetivo da Polícia Militar para fazer a desocupação dos órgãos públicos. O mandatário admitiu que houve dimensionamento inadequado do tamanho do movimento que resultou a depredação provocada por terroristas. O posicionamento ocorreu, também, depois de o presidente ter determinado a intervenção federal na segurança do DF. Ibaneis Rocha é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontado como incentivador dos movimentos deste domingo.
Além de demitido, Anderson Torres virou alvo de demanda judicial da Advocacia-Geral da União (AGU). O órgão enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição em que solicita uma série de medidas judiciais em resposta aos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília. Entre os pedidos, está a prisão em flagrante de Anderson Torres. Ele se encontra nos Estados Unidos, para onde também viajou no mês passado o ex-presidente Jair Bolsonaro. O agora ex-secretário era ministro da Justiça durante o governo passado.
Além de Torres, a AGU requereu a prisão de demais agentes públicos responsáveis por atos e omissões. De acordo com a AGU, os pedidos se baseiam na grave violação à ordem democrática e a necessidade premente de minimizar os prejuízos causados à paz social e ao Estado Democrático de Direito.
A AGU também pediu a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais em todo o país e a dissolução dos atos antidemocráticos realizados nas imediações de quartéis e outras unidades militares. O governo pediu que o STF autorize o uso de todas as forças de segurança pública do Distrito Federal e dos estados.
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