O Grupo Globo entrou na linha da indústria do entretenimento internacional e também cancelou a venda de produtos para a Rússia. O país entrou na agenda negativa da indústria internacional depois dos bombardeios e da invasão à Ucrânia. A decisão da emissora inclui tanto a venda de novelas para o país comandado por Vladmir Putin, quanto a compra de produtos para de séries e filmes russos disponibilizados para streameng.
Embora a Rússia não seja um produtor relevante para os catálogos dos canais Globo na TV paga e na aberta, conteúdos como filmes, séries e animações de origem russa saíram do radar de negociações da empresa brasileira. O mesmo vale para a mão contrária, onde o comércio é mais intenso. Novelas e séries da emissora deixarão de ser oferecidas à Rússia por tempo indeterminado, conforme informações da comunicação da Globo a esta repórter. Não há prazo para a retomada das operações de compra e venda de conteúdo com parceiros comerciais russos.
No momento, de acordo com matéria publicada pela Folha de São Paulo, estão em exibição na TV aberta russa as novelas “Por Amor”, de 1997, de Manoel Carlos, e “O Clone”, de 2001, de Glória Perez. Pelas plataformas de streaming locais, a Globo está presente com “O Clone”, “Avenida Brasil”, de 2012, de João Emanuel Carneiro, “Justiça”, de 2016, série de Manuela Dias, “Ilha de Ferro”, de 2018, de Max Mallmann e Adriana Lunardi, e “Verdades Secretas”, de 2015, de Walcyr Carrasco.
A Rússia é um grande mercado para as novelas da Globo desde que “A Escrava Isaura”, de 1976, de Gilberto Braga —baseada no romance de Bernardo Guimarães—, abriu portas para a emissora no mundo todo. Isso foi ainda nos idos da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Lucélia Santos é uma das brasileiras mais conhecidas na Rússia e na Ucrânia em razão da novela.
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