Executivo
Federação entre PT, PV e PCdoB não se entende sobre apoios na Paraíba e “pacificação” deverá ser imposta pela nacional
26/04/2022 09:12
Suetoni Souto Maior
João Azevêdo e Veneziano disputam apoio de Lula na Paraíba. Foto: Reprodução

Faltando menos de seis meses para as eleições deste ano, PT, PV e PCdoB não se entendem sobre o direcionamento da federação formada pelos partidos quando o assunto diz respeito às eleições na Paraíba. Enquanto o PT (ou parte dele) defende o apoio ao senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) para a disputa pelo governo, PV e PCdoB já sinalizaram com o desejo de seguir o governador João Azevêdo (PSB) na tentativa de reeleição. A equação, de acordo com o presidente do PT no Estado, Jackson Macedo, não é simples e há esperança de que o entendimento seja construído até o período das convenções.

Os petistas fazem no dia 27 de maio o encontro para discutir a tática eleitoral da sigla. É uma espécie de antecipação do que será definido na convenção. Eles vão definir as estratégias para o pleito e a escolha do candidato para a disputa do governo tem lugar de destaque no debate. O grupo ligado ao ex-governador Ricardo Coutinho (PT) andou várias quadras na definição da aliança com o MDB, inclusive com o aval do ex-presidente Lula. O problema é que esse direcionamento é contestado até dentro da sigla. Coutinho trabalha com a perspectiva de disputar vaga no Senado.

As discussões internas no PCdoB e do PV devem seguir nos próximos dias também. De qualquer forma, caso não haja um entendimento entre as siglas, a definição caberá à direção nacional. Por regra, os partidos não podem se dividir e precisam funcionar como uma única sigla. A federação nacional que congrega as agremiações, portanto, vai dar a palavra final para abonar os apoios e candidaturas. Neste quesito, vale ressaltar, entrará a situação da Paraíba e de outros estados também. Mas como isso vai se dar na prática, só o tempo dirá.

O fato de João Azevêdo ter migrado para um partido da base aliada do PT, caso do PSB, acrescenta certo tempero às discussões. O partido indicou o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a disputa da vaga de vice na chapa que deverá ser encabeçada pelo ex-presidente Lula. Uma coisa é esperada: confusão.

Por Beatriz Souto Maior

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