O governador João Azevêdo (PSB) prometeu em discurso na solenidade de posse, neste domingo (1º), não elevar durante todo este ano a alíquota do ICMS (Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrada sobre os combustíveis. A fixação do tributo em 18% foi estabelecida pelo Congresso Nacional, no ano passado, em meio a pressão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O mandatário tentava, naquele momento, aplacar a crescente impopularidade enquanto se preparava para tentar a reeleição, frustrada no pleito de outubro com a vitória do presidente Lula (PT).
A alíquota imposta fez com que os governadores protestassem e judicializassem a questão. O argumento corrente, no caso da Paraíba, era o de que a desoneração causaria um prejuízo de R$ 700 milhões por ano ao Estado. Entendimento este mudado neste domingo. O governador acredita que a manutenção dos patamares poderá funcionar como um estímulo para novos negócios. “Isso vai atrair novas empresas e pode representar o inverso da queda de receita. Será possível já nos primeiros dias de janeiro um conjunto de medidas para permitir o crescimento”, ressaltou o gestor durante a posse no Espaço Cultural.
Ele direcionou também o discurso para falar do novo momento do país, com a posse do presidente Lula. “O futuro venceu o medo. O Brasil é o que bate no peito, a Paraíba é o que brota no chão”, ressaltou, lembrando também das dificuldades impostas durante a gestão de Bolsonaro nos últimos quatro anos. Falou ainda da perseguição a quem não era apoiador do governo encerrado neste sábado. “Perdemos pessoas, perdemos coisas, perdemos tempo. Só não perdemos a noção de prioridade”, acrescentou, em referência à condução errádica do país durante a pandemia da Covid-19.
O discurso dele foi seguido pelo do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), que prometeu a manutenção da governabilidade de João Azevêdo. O gestor, em seguida, passou em revista às tropas no Espaço Cultural.
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