O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o governador João Azevêdo (PSB) estão alinhando as agendas para colocar em segundo plano as especulações sobre eventual rompimento. Os dois estiveram juntos, nesta segunda-feira (27), na apresentação do Atlas Solarimétrico, uma ferramenta criada pelo governo estadual para identificar as regiões mais promissoras da fonte de energia solar. Eles também programaram para a primeira quinzena de dezembro deste ano o anúncio conjunto de um pacote de incentivos fiscais voltado para a recuperação econômica do Centro Histórico.
O movimento de ruptura é puxado por membros do PSB, interessados no debate sobre um eventual projeto próprio do partido no ano que vem. A sigla, inclusive, tem aberto o diálogo com outras agremiações de esquerda, a exemplo do PT. O entrave neste movimento é a proximidade construída entre João e Cícero desde 2020, quando o socialista entrou na base de apoio do hoje prefeito. A sigla do governador foi representada na chapa pelo atual vice-prefeito, Léo Bezerra, que briga para ter o nome na disputa mais uma vez no ano que vem.
Na agenda desta segunda-feira, o prefeito buscou demonstrar afinamento com o governador na área administrativa. “Essa visão de futuro do governo do Estado, esse compromisso não só de gerenciar as questões emergenciais, mas principalmente planejar um futuro onde dê condição, por exemplo, a João Pessoa, que daqui a 15 dias estará dando a ordem de serviço para a troca de todas as luminárias públicas da nossa cidade, que está dando condições de fazer um chamamento de fornecimento de energia renovável para todos os prédios e a iluminação pública da cidade de João Pessoa”, disse.
O esforço para manter a base unida ocorre em momento de incertezas na oposição. O movimento puxado pelo comunicador Nilvan Ferreira visando chegar novamente ao segundo turno foi freado pelo partido dele, o PL, que decidiu investir na candidatura do ex-ministro Marcelo Queiroga (Saúde). A consequência disso tem sido um racha profundo no bloco de oposição, com duas candidaturas surgindo no campo da extrema-direita, uma uma de centro, no caso do deputado federal Ruy Carneiro (Podemos), e pelo menos uma da esquerda, com nome do PT sendo discutido.
Para 2024, ganha quem superar as divergências.
Quer receber todas as notícias do blog através do WhatsApp? Clique no link abaixo e cadastre-se: https://abre.ai/suetoni