O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai se internar novamente nesta segunda-feira (11). Em meio às repercussões sobre a homologação da proposta de delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, o ex-gestor fará três cirurgias. Duas delas estão relaciondas a distúrbios digestivos e uma terceira visa a correção de desvio do septo. O movimento, comum em momentos de dificuldade do ex-presidente, acabou alimentando memes nas redes sociais, neste sábado (9), com internautas atribuindo as cirurgias a potenciais revezes políticos.
Fabio Wajngarten, assessor do ex-presidente, afirmou nas redes sociais que os sintomas e exames decorriam da facada desferida contra Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Para especialistas ouvidos pela Folha de São Paulo, é provável que apenas a cirurgia para correção das alças intestinais se relacione com o episódio. Segundo Murillo Lobo, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital das Clínicas da USP, a correção de alças intestinais é feita para tratar o mau funcionamento do intestino.
“O termo é genérico. Pode ser um procedimento minimamente invasivo, por cirurgia robótica, por vídeo ou por cirurgia aberta”, explica. De acordo com Lobo, a correção é feita no intestino delgado para tratar lentidão ou obstrução.
As alças intestinais são uma parte móvel do intestino. Cirurgias anteriores ou traumas como a facada podem gerar nelas aderências —uniões indesejadas a outros órgãos ou tecidos. As aderências podem impedir que as fezes transitem de maneira adequada, causando lentidão ou obstrução.
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