Executivo
Corte de R$ 21 milhões na UFPB determinado por Bolsonaro atinge custeio, capacitação e reestruturação da universidade
02/06/2022 15:54
Suetoni Souto Maior
Valdiney Veloso é acusado de uma série de irregularidades à frente docargo. Foto: Mariani Idalino

O governo federal destrinchou nesta quinta-feira (2) as áreas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que sofrerão com o corte de R$ 21,3 mihões no orçamento. O impacto foi revelado na última terça-feira pelo reitor Valdiney Veloso, durante reunião do Conselho Universitário (Consuni). A facada é fruto do decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e que entrou em vigor nesta segunda-feira. A meta é economizar R$ 8,2 bilhões para garantir o reajuste salarial dos servidores e abrir espaço para gastos com despesas obrigatórias. Para isso, será necessário novo corte de quase R$ 6 bilhões no Orçamento.

Confira o impacto dos cortes na UFPB:

. R$ 11,8 milhões Reestruturação e Expansão das Universidades
. R$ 8,3 milhões Funcionamento das Universidades Federais
. R$ 1,2 milhão Funcionamento das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional
. R$ 0,1 milhão Capacitação de Servidores Públicos Federais

O corte dos R$ 21,3 milhões representa o bloqueio de 14,54% do orçamento previsto para o funcionamento da Universidade Federal da Paraíba neste ano, que é R$ 146,9 milhões. O maior percentual retirado é o que prevê a reestruturação e a expansão da instituição de ensino, que é de R$ 11,8 milhões. Isso quer dizer que o cemitério de obras inacabadas em que se transformou a UFPB vai continuar do mesmo jeito. Isso tem provocado críticas na comunidade acadêmica, mas esse ainda não é a maior fonte de preocupação professores e alunos.

Assim como nos outros estados, a preocupação maior na UFPB é com os cortes nas rubricas destinadas ao Funcionamento das Universidades Federais e da Rede Federal de Educação Profissional. As duas, somadas, terão um corte de R$ 9,5 milhões. A primeira trará dificuldades para o pagamento de despesas com energia elétrica, água, contratos nas áreas de limpeza, vigilância e manutenção da Universidade. Já a segunda pode prejudicar a oferta de cursos profissionalizantes na instituição de ensino.

Segundo o Executivo federal, a medida ocorre a fim de assegurar o cumprimento do teto de gastos. Os técnicos da equipe econômica do governo acreditam que além da Educação, o reajuste impactará no repasse de verbas da Saúde e Defesa. A princípio, a ideia era atender apenas o aumento de gastos obrigatórios. No entanto, o governo decidiu bloquear mais R$ 8,2 bilhões e, posteriormente, incluir o valor necessário para conceder reajuste de 5% aos servidores públicos. Isso, no entanto, fica na dependência de o presidente Bolsonaro decidir pelo aumento salarial do funcionalismo federal.

A princípio, a ideia era atender apenas o aumento de gastos obrigatórios. No entanto, o governo decidiu bloquear mais R$ 8,2 bilhões e, posteriormente, incluir o valor necessário para conceder reajuste de 5% aos servidores públicos. Isso, no entanto, fica na dependência de o presidente Bolsonaro decidir pelo aumento salarial do funcionalismo federal. Considerando o R$ 1,7 bilhão que já havia sido retido no primeiro bimestre do ano, o valor total do montante bloqueado é de cerca de R$ 9,9 bilhões.

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