O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), questionou neste sábado (6) o governo do Estado pelo rebaixamento da cidade para a bandeira laranja. A medida submete o município ao cumprimento de medida mais duras no enfrentamento da Covid-19. O gestor municipal questiona os critérios para a decisão sob a alegação de que desde o início da pandemia a cidade tem adotado medidas para reduzir os casos decorrentes do novo Coronavírus e lega que a cidade está sendo penalizada por ajudar outros municípios.
“Recebemos pacientes de outras cidades com muito orgulho. Como disse, estamos de portas abertas para a ajudar. Essa é uma marca registrada das pessoas de #Campina”, diz, em uma da mensagens divulgadas no Twitter. E ele completa: “Mas, sinceramente, não podemos ser penalizados por estarmos ajudando nossos irmãos de outras cidades. Qual o sentido?”. Campina Grande é a segunda cidade do Estado em número de mortes causadas pela pandemia. Foram 581 mortes.
A nova classificação do Plano Novo Normal, do governo do Estado, colocou praticamente todos os municípios do Estado com a bandeira laranja, a segunda mais restritiva. Isso ocorre pela situação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Estado destinadas ao tratamento da Covid-19, que estão, em sua maioria, lotadas. O governador João Azevêdo (Cidadania) convocou para esta tarde uma reunião virtual com os prefeitos Cícero Lucena (Progressitas), de João Pessoa, e de Campina Grande, Bruno Cunha Lima.
Foram convidados para o encontro, também, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (PSB), e representantes do Ministérios Públicos Estadual (MPPB) e Federal (MPF), além do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A tendência é que haja um endurecimento ainda maior das regras de isolamento por causa do risco de colapso do sistema de saúde. Neste sábado, o Estado chegou a 4.665 mortes causadas em decorrência da Covid-19.