O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, precisou prestar depoimento na Polícia Federal, nesta segunda-feira (25), após incidente com arma de fogo no Aeroporto de Brasília. O ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL) fazia check-in no balcão da companhia aérea Latan, quando a arma disparou acidentalmente. Uma funcionária ficou levemente ferida com os estilhaços produzidos pelo disparo. À PF, segundo informações da Folha de São Paulo, ele alegou que a arma disparou acidentalmente quando tentou tirar as balas.
Milton Ribeiro foi encaminhado à Polícia Federal para esclarecer as circunstâncias do acidente. Em seu depoimento, ele atrelou o disparo acidental de seu revólver a uma tentativa de tirar suas munições sem expor a arma publicamente. O ex-ministro disse que abriu a pasta de documentos e tentou tirar o carregador da arma sem precisar exibi-la. Ele disse que teve dificuldade na operação por conta do pequeno espaço dentro do recipiente. A comunicação sobre o armamento foi feito por meio da internet, pelo próprio ministro, de forma antecipada.
“O declarante com medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, tentou desmuniciá-la dentro da pasta, ocasião em que ocorreu o disparo acidental”, diz trecho do depoimento. O disparo, disse ele, perfurou o coldre onde estava a arma, a pasta e se espalhou no chão no aeroporto. “Após o acontecido, o próprio declarante indagou às pessoas que foram ao local do incidente se alguém havia sido atingido pelos estilhaços, momento em que não apareceu qualquer vítima”, consta no depoimento dado na superintendência da PF no Distrito Federal.
O ex-ministro é alvo de inquérito na Polícia Federal por causa de suposto envolvimento com o tráfico de influência de pastores no Ministério da Educação. Os religiosos Gilmar Santos e Arílton Moura foram gravados em conversa com o ex-auxiliar do governo na qual o ministro dizia que priorizaria os pedidos dos pastores, atendendo a orientação do próprio Bolsonaro. Ele acabou sendo afastado do cargo pelo presidente. As denúncias indicam que os pastores beneficiados cobravam propina de prefeitos para arrumar os convênios com o Ministério da Educação.
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