Executivo
Aposentadorias e salário: renda de Bolsonaro deve ultrapassar R$ 80 mil mensais após deixar a Presidência. Entenda
03/12/2022 07:27
Suetoni Souto Maior
Bolsonaro logo após derrota nas urnas, ao lado do ex-ministro Anderson Torres (Justiça), também investigado em suposta tentativa de golpe. Foto: Divulgação/ABr

Não será falta de dinheiro a preocupação de Jair Bolsonaro (PL) a partir de 1º de janeiro do ano que vem. O presidente derrotado nas pretensões de reeleição, neste ano, terá rendimentos que poderão superar os R$ 80 mil mensais após deixar o comando do Palácio do Planalto. O montante é fruto de duas aposentadorias mais o salário de presidente de honra do PL, solicitado pelo gestor ao comandante da sigla, Valdemar Costa Neto. São vencimentos que, em outros tempos, não poderiam ser pagos acima do teto. A regra foi mudada por meio de portaria, em 2021, no governo do atual presidente.

Para 2023, Bolsonaro teve concedida pelo aliado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, uma aposentadoria pelo tempo como deputado federal. Serão R$ 30 mil acrescentados à aposentadoria como militar. Por ser capitão reformado do Exército, o presidente recebe R$ 11.945,49 brutos por mês. Além desses valores, Bolsonaro ainda foi convidado a ser presente de honra de seu partido, o PL, e também receberá uma remuneração. Atualmente, como presidente, Bolsonaro ganha o salário de R$ 30.934,70 bruto, além da aposentadoria como militar, o que totaliza R$ 42.880,19.

O segredo para se chegar com relativa folga a mais de R$ 80 mil está na remuneração como presidente de honra do PL. De acordo com informações do colunista de O Globo, Lauro Jardim, a pretensão de Valdemar Costa Neto é pagar ao futuro ex-gestor o mesmo que ele recebe, R$ 39.293,32, que é o salário de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Bolsonaro recebeu mais de 58 milhões de votos nas eleições deste ano e, por pouco, não conseguiu a reeleição. Ele foi derrotado nas urnas pelo ex-presidente Lula (PT), apesar de ter turbinado programas sociais e outras benesses no ano eleitoral.

Além da aposentadoria por ter sido deputado, como ex-presidente, Bolsonaro terá direito a oito assessores, incluindo dois motoristas, e terá à disposição dois veículos oficiais. Estas despesas são custeadas pela Presidência da República. Os apoiadores esperam que ele lidere a oposição ao futuro presidente a partir do ano que vem.

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