A dualidade expectativa versus realidade tem incomodado o staff do governador João Azevêdo (Cidadania). O grupo gostaria de ter mais tempo para definir o destino do gestor, para qual partido ele deve se mudar ou se permanece onde está. Acontece que o modelo de eleições com 45 dias de duração tem apressado a busca por uma definição. Isso porque há convites de partidos na mesa e variáveis a ser apreciadas. As três possibilidades principais são a permanência no Cidadania ou mudança para PSD ou PSB. Em todos os casos, o governador mantém a disposição de ceder o palanque para o ex-presidente Lula (PT).
Não existe cenário perfeito, mas um conjunto de vantagens e desvantagens em cada uma das opções. A permanência no Cidadania vai depender da formação ou não de uma federação com o PSDB. Em caso positivo, vamos para o passo seguinte: com quem fica o comando do bloco? Se com o grupo de João Azevêdo, os tucanos baterão em retirada, já que trabalham pela candidatura ao governo do deputado federal Pedro Cunha Lima. Se ficar com Pedro, já que ele não se opõe à candidatura de João Dória à Presidência, o grupo de João sai. Menos provável, mas ainda possível, seria João com o comando e sem a obrigação de votar em Dória.
Já no caso do PSD, há convite do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. A sigla não deve ter candidato à Presidência da República. O nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), perdeu força. Kassab andou cortejando o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), mas tudo indica que ele não vai topar a parada. Daí, restaria a João Azevêdo resolver o racha interno do partido. O ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, flertou o grupo de Azevêdo, mas recuou e voltou para Pedro. O que ninguém contesta é que se João se filiar, parte do PSD segue Romero para o PSDB e João assume o partido.
Por fim, e com um cenário mais tranquilo, estaria o PSB. A sigla é o antigo lar do governador e ele não teria dificuldades para o retorno. O presidente estadual da sigla, Gervásio Maia, tem feito um trabalho de reaproximação do governador. Ele era mais alinhado ao ex-governador Ricarado Coutinho, porém, a proximidade foi transformada troca de acusações após a explosão das denúncias da operação Calvário, com denúncias do Ministério Público da Paraíba. Ao blog, um dos auxiliares mais próximos ao governador disse que até a segunda quinzena deste mês o quadro estará definido. A conferir.
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