Executivo
Agressão a Gervásio em Guarabira é mais um degrau na escalada da violência na política paraibana
18/09/2022 10:19
Suetoni Souto Maior
Gervásio Maia exibe marcas de agressão após confusão no palanque em Guarabira. Foto: Divulgação

A lamentável agressão ao deputado federal Gervásio Maia (PSB), neste sábado (17), em Guarabira, é mais um degrau na escalada da intolerância e violência política que toma conta do país. Não faz muito, em Soledade, os deputados Wellington Roberto (federal) e Cabo Gilberto (estadual) quase vão às vias de fato em um ato político. Nos dois episódios, acreditem, a confusão teve origem em partidários da própria base de apoio dos candidatos majoritários. Neste sábado, de apoiadores do governador João Azevêdo (PSB), e na semana passada, de partidários do comunicador Nilvan Ferreira (PL).

O episódio deste sábado foi motivado pela disputa por espaço em Guarabira, no Brejo. Houve, lógico, uma pitada generosa de exagero. Depois de discurso de Célio Alves (PSB), candidato a deputado estadual, o microfone foi passado para Gervásio Maia, que é presidente estadual do PSB e tenta a reeleição. Foi a partir daí que a confusão se desenvolveu. Após o “boa noite” do postulante, aliados do deputado estadual e candidato a federal Raniery Paulino (Republicanos) se insurgiram contra o espaço concedido ao socialista. Daí teve início a confusão.

Com microfone na mão, um aliado do parlamentar gritou que aquele espaço não era franqueado a Gervásio. Outro se aproximou por trás e deu um murro nas costas do deputado. A partir daí foi só ladeira abaixo. Houve empurra-empurra, gritaria e o deputado precisou ser escoltado pela Política Militar para deixar o espaço. O episódio no mais típico estilo “fogo amigo” tirou o brilho do evento e prejudicou todos os candidatos envolvidos.

Uma confusão parecida com a ocorrida entre os militantes do PL do presidente Jair Bolsonaro uma semana antes. Naquele episódio, o candidato a deputado federal Policial Caio precisou ser contido e houve acusações de que ele tentava puxar uma arma no evento. O postulante negou posteriormente, apesar de as imagens darem a entender justamente o que foi divulgado. Fica claro que os coordenadores das campanhas precisam tomar as rédeas o mais rápido possível para evitar o pior, afinal, as lideranças precisam dar exemplo. Caso isso não seja feito, a barbárie será a próxima parada deste embate.

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