Executivo
A uma semana das eleições, o que os candidados ao governo da Paraíba precisam fazer para chegar ao segundo turno
25/09/2022 09:20
Suetoni Souto Maior
Candidatos ao governo da Paraíba. Foto: Montagem/TSE

A última pesquisa Ipec, contratada pela TV Cabo Branco, mostrou um meio de campo embolado em relação ao segundo turno das eleições deste ano. O retrato mostrado pela consulta, apresentada na última quinta-feira (22), traz o governador João Azevêdo (PSB) com uma dianteira confortável, mas insuficiente para liquidar a fatura no primeiro turno, como o ocorrido em 2018, quando conquistou 58% dos votos. Agora, o instituto mostra ele com 35% das intenções de voto na estimulada. Isso quer dizer que ele joga parado para estar no segundo turno.

João Azevêdo tem a favor de si a máquina do Estado, com a capacidade de mobilização de um “exército” de servidores comissionados e aliados que, por gravidade, buscam o poder da caneta. Ou seja, precisa apenas evitar crises para estar no segundo turno das eleições. Saindo dele, segundo a ordem de preferência mostrada pela pesquisa, vem Pedro Cunha Lima (PSDB), empatado dentro da margem de erro com o emedebista Veneziano Vital do Rêgo. O primeiro com 20% e o segundo por 15% das intenções de voto.

Pedro, para chegar ao segundo turno precisa consolidar a busca pelo voto de direita. O postulante, recentemente, gravou vídeo destinado à busca da preferência do eleitor conservador. O objetivo, com isso, foi estimular o voto útil, atraindo o eleitor bolsonarista. Na Paraíba, o presidente Jair Bolsonaro (PL) apoia o comunicador Nilvan Ferreira, do mesmo partido. O movimento de Pedro visa justamente desidratar o postulante do PL. Esse movimento segue o entendimento de que com algo em torno de 20% ou 22% dos votos, é possível chegar ao segundo turno.

O movimento de Veneziano precisa ser o de colar no ex-presidente Lula como irmão gêmeo xifópago. Em tese, o ativo do petista que ultrapassa 50% da preferência do eleitorado paraibano, segundo todas as pesquisas, é o suficientes para garantir o emedebista no segundo turno. Mesmo contabilizando que parte deste ativo deve ir também para o governador João Azevêdo, haveria um percentual significativo deste eleitor a ser disputado. Para isso, sobram sete dias para convencer este público a escolhê-lo como nome nas urnas eletrônicas.

Em qaurto na pesquisa, com 14% das intenções de voto, aparece Nilvan Ferreira. O postulante tem adotado tom ácido nas críticas ao governador João Azevêdo e ao ex-presidente Lula. Só que para estar no segundo turno, ele precisa traçar uma guerra fratricida com Pedro Cunha Lima, em busca dos votos de Bolsonaro que, em certa medida, poderá garanti-lo na próxima etapa das eleições. Neste universo, a busca pelo voto conservador é o caminho para dar sobrevida à postulação. O bloco conservador, no entanto, está dividido e brigando internamente. O PL, atualmente, é incapaz de promover um churrasco e reunir a militância sem briga.

Saindo deste grupo, aparecem Adjany Simplicio (PSOL), Adriano Trajano (PCO), Major Fábio (PRTB) e Nascimento (PSTU). Eles foram citados na pesquisa, mas não atingiram 1% das intenções de voto, cada. No caso deles, levando em conta a pesquisa, só um milagre poderia resolver a questão. A pesquisa Ipec foi realizada entre os idas 19 e 21 de setembro e registrada registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba sob o protocolo Nº PB01979/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo Nº BR-03015/2022.

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