Executivo
Vitoriosos ou nem tanto… o que lideranças políticas paraibanas esperam ganhar do Papai Noel? Veja situação:
24/12/2022 11:03
Suetoni Souto Maior
Políticos fazem planos e precisarão da ajuda do Papai Noel para realizá-los. Foto: Divulgação

Que as festas de fim de ano são momento de reflexão e avaliação do ocorrido no ano não é novidade para ninguém. Isso é de lei. Mas merece atenção os movimentos feitos ou que precisam ser tirados do papel por algumas das mais importantes lideranças políticas paraibanas para o futuro. Aquelas que se saíram muito bem ou muito mal das eleições. Todos os movimentos, agora, terão consequência nas eleições de 2024 e 2026. Algumas lições deixadas pelo pleito de 2022 não serão esquecidas por eles, por uns terem se descoberto maiores que o imaginado e outros tantos se viram muito menores que entraram na corrida eleitoral.

Começando pelo governador João Azevêdo (PSB), o melhor presente de Papai Noel seria um segundo mandato melhor que o primeiro, com realizações mais volumosas e palpáveis. Isso por que o gestor passou de nome imbatível meses antes do pleito a um alvo não abatido por muito pouco pelo deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB). Ele começará o próximo ano na presidência do Consórcio do Nordeste, com uma legião de ministros nordestinos para quem fazer pedidos. Terá que administrar, também, a luta na base de apoio pela sucessão ao mandato dele, que não poderá mais ser reeleito para o Palácio da Redenção.

As rodas políticas também têm servido para a discussão sobre o que será o pós-governo João. Sim, na política se discute o futuro que é uma beleza. João vai disputar o Senado em 2026 ou vai se aposentar e se mudar para Portugal? Só ele sabe a resposta. Antes disso, vale a pena observar o movimento na base aliada. Dela sairá algumas disputas interessantes. O prefeito Cícero Lucena (PP) trabalha para buscar a reeleição, em 2024, e há quem diga que não deixará o cavalo passar selado em 2026. Se tiver boas condições de cavalgadura, ele monta.

Da base também é importante prestar atenção aos movimentos de Lucas Ribeiro (PP), eleito vice-governador. Se João decidir disputar o Senado em 2026, o suplente comandará o governo por nove meses, com parte deles no período eleitoral. É impossível não ser picado pela mosca azul. Vale questionamentos também sobre Aguinaldo Ribeiro, do mesmo partido. Ele é cotado para assumir a liderança do governo Lula (PT) na Câmara dos Deputados e poderá surgir muito fortalecido daqui a quatro anos. Dependendo do projeto de Lucas, ele poderá ou não se lançar para a disputa do Senado.

O movimento de Daniella Ribeiro (PSD), mãe de Lucas, também merece ser observado. O mandato dela acaba em 2026, quando poderá disputar a reeleição ou seguir outro projeto. Dependerá do caminho a ser seguido pelo filho e das condições eleitorais dela. Até por que o páreo é muito duro. Não pode ser ignorado o crescimento de Hugo Motta (Republicanos), o comandante da legenda mais poderosa do Estado na atualidade em termos de representação parlamentar. Ele poderá disputar o governo estadual ou mesmo uma vaga no Senado, segundo as contas feitas por aliados.

Assim como Cícero Lucena, merece atenção o destino de Bruno Cunha Lima, prefeito de Campina Grande. Na cidade, ele é tratado como nome certo para a disputa da reeleição e teria como único adversário forte o deputado federal eleito Romero Rodrigues (PSC). O ex-prefeito tem dito a aliados que não tem desejo de disputar o cargo. Isso faz com que o nome dele, assim como o de Bruno, sejam guardados para uma eventual disputa do governo em 2026, caso o prefeito consiga renovar o mandato na administração municipal daqui a dois anos.

Outro que merece atenção é Adriano Galdino (Republicanos), presidente da Assembleia Legislativa. Ele espera de Papai Noel um sinal verde para disputar os dois mandatos de presidente da Casa para os próximos quatro anos. Entenda-se por sinal verde um parecer jurídico que indique segurança para ele disputar novamente o comando do Legislativo. Se obtiver sucesso, poderá se fortalecer para disputar o governo ou o Senado em 2026. Já Branco Mendes (Republicanos), cotado para a disputa do primeiro biênio, pede a Papai Noel justamente o contrário, que Galdino não obtenha sucesso na questão jurídica.

Resta agora discutir o futuro de algumas lideranças que tiveram pouco sucesso no pleito deste ano e que dependem de terceiros para pavimentar o futuro político. A principal delas é Ricardo Coutinho. O petista sonha com um cargo de ministro no governo Lula. Isso faria com que ele se livrasse do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e passasse a responder aos processos no Supremo Tribunal Federal. Este cenário não é o mais provável, pela briga de potenciais aliados de Lula pelos cargos na Esplanada. Pode restar para Coutinho, por isso, algo entre o terceiro ou quarto escalão.

Já o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) rompeu com o governador João Azevêdo e disputou o governo do Estado. O triste para ele foi descobrir ter um tamanho muito menor que imaginava. Por isso, ele precisará se reinventar para ter chances de renovar o mandato em 2026. Há quem diga que o futuro será a disputa de uma vaga na Câmara dos Deputados. Ele se aliou a Pedro Cunha Lima (PSDB) no segundo turno das eleições deste ano, mas o tucano foi derrotado. Com isso, passou a caudatário do grupo Cunha Lima, outro que precisará se reinventar para não sumir enquanto clã com chances de comandar o Estado.

Apesar de não ter conquistado mandato no pleito deste ano, a deputada estadual Pollyanna Dutra (PSB) saiu fortalecida da disputa pelo Senado. Isso faz ela sonhar e esperar de Papai Noel um cargo no governo do estado ou no governo federal. Ela tem boa proximidade com Lula e a gratidão de João por ter ido para o sacrifício em uma eleição na qual Efraim Filho (União Brasil) se lançou para a disputa um ano antes. Da mesma forma, o também deputado estadual Ricardo Barbosa (PSB) espera conseguir um cargo no governo. Ele também sonha com uma licença de Gervásio Maia, do mesmo partido, para assumir uma vaga na Câmara dos Deputados.

O mesmo é esperado pela deputada estadual Estela Bezerra, do PT. Ela é suplente de Luiz Couto na Câmara dos Deputados e espera que uma eventual licença do colega de partido permita a ida dela para o Congresso Nacional. Os projetos estão na mesa, assim como a avaliação das realizações no pleito deste ano. Falta agora o movimento mágico de mãos do Papai Noel.

Feliz Natal a todos!

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