O vereador de João Pessoa, Coronel Sobreira (MDB), fez apelo nesta semana ao Ministério Público e ao Judiciário para que procedam a aferição das tornozeleiras usadas pelos paraibanos presos por suposto envolvimento no “8 de janeiro”. Os suspeitos de envolvimento com os episódios de depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, que conseguiram a liberdade com o uso de tornozeleiras eletrônicas, segundo ele, têm reclamado de mau funcionamento dos equipamentos. Eles estariam vibrando de forma irregular.
O tema foi abordado pelo vereador durante pronunciamento na Câmara Municipal, nesta terça-feira (5). “Sabemos que muitas pessoas foram presas no evento do 8 de janeiro. Não entro no mérito das prisões, embora acredite que a grande maioria não tinha o intuito de danificar o patrimônio público. Mas, sem entrar no mérito, quero tratar do funcionamento das tornozeleiras eletrônicas que 16 pessoas paraibanas que estão utilizando, pois recebi informações de que elas estão desreguladas, vibrando constantemente”, relatou o vereador, informando que vai documentar de ofício o pedido de verificação do funcionamento dos equipamentos.
De acordo com o parlamentar, as tornozeleiras deveriam vibrar apenas ao necessitarem de recarga, ao carregarem ou quando da saída do perímetro estabelecido. Ainda segundo ele, as pessoas estão sem conseguir dormir e com efeitos psicológicos negativos. “Isso é uma tortura, sabemos que não é permitido. Solicito do Poder Judiciário da Paraíba e ao Ministério Público que chequem essas informações e que as tornozeleiras sejam aferidas. Essas pessoas não devem ser penalizadas pelo mau funcionamento das tornozeleiras, peço que haja a substituição por outras e que, em caso de falta, fiquem sem. Também peço atenção dos órgãos de direitos humanos”, observou.
Os suspeitos de envolvimento no 8 de janeiro são alvos de inquérito conduzido no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) e que tem o ministro Alexandre de Moraes como relator. Várias pessoas foram condenadas pela Corte por crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. No caso dos paraibanos, nenhum foi julgado até o momento.
Quer receber todas as notícias do blog através do WhatsApp? Clique no link abaixo e cadastre-se: https://abre.ai/suetoni