Se dependesse dos votos dos paraibanos, o PL da Dosimetria, proposta que visa a redução das penas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos condenados pelo 8 de janeiro, não teria passado. Dos três parlamentares, apenas o bolsonarista Efraim Filho (União Brasil) votou favoravelmente ao projeto que agora segue para o veto do presidente Lula (PT), nesta quarta-feira (17). Os senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Daniella Ribeiro (PP) se posicionaram contra a matéria, que acabou aprovada com 48 votos no Plenário do Senado. Os dois últimos brigam pelo apoio petista para as eleições de 2024, na Paraíba.

Veneziano é o preferido de Lula para as eleições para o Senado no ano que vem, assim como o governador João Azevêdo (PSB), que também disputará uma vaga no Senado. O buraco é mais embaixo quando o assunto diz respeito ao voto para governador. O emedebista busca o apoio petista para o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), enquanto Daniella quer o apoio para o vice-governador Lucas Ribeiro (PP). A dificuldade, neste último caso, é a presença de Nabor Wanderley (Republicanos) no bloco governista, por ele ser pai do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), artífice de várias derrotas de Lula na Câmara.

Golpistas

As investigações sobre o 8 de Janeiro expuseram uma trama para desrespeitar o resultado da eleição de 2022, vencida por Lula, e manter Bolsonaro no poder. Autoridades identificaram, por exemplo, um plano para matar Lula; seu vice, Geraldo Alckmin; e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

O placar no plenário do Senado foi de 48 votos a favor do projeto e 25 contra. Como a Câmara já aprovou a proposta, ela segue para sanção presidencial. Lula deve vetar o texto integralmente.

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