A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia hoje, às 9h30, o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado. A expectativa é que a denúncia seja aceita, tornando Bolsonaro réu e pavimentando o caminho para que ele se torne o primeiro ex-presidente militar da história a ser preso.
Caso a maioria dos ministros da Primeira Turma acolha a denúncia, Bolsonaro e seus aliados enfrentarão um processo criminal que pode resultar em condenações severas. A PGR pede punições que podem chegar a 43 anos de prisão para o ex-presidente, que já se encontra inelegível até 2030 por ataques às urnas eletrônicas. Se condenado, o ex-capitão verá seu horizonte político e pessoal se estreitarem drasticamente.
A denúncia detalha como Bolsonaro teria liderado uma organização criminosa dentro da estrutura do Estado, com forte influência de setores militares, para tentar romper a ordem democrática. Ao lado dele, figuram ex-ministros como Walter Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, além de militares de alto escalão, como o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A votação será conduzida pelo relator Alexandre de Moraes, seguido pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O julgamento ocorre sob forte esquema de segurança, com varreduras antibomba e reforço na entrada do STF. O temor de manifestações e tentativas de intimidação levou a Corte a adotar um protocolo de proteção rígido.
Nos bastidores, a base bolsonarista se mobiliza para tentar reagir, pressionando o Congresso e denunciando uma suposta perseguição do Judiciário. Entretanto, a fragilidade política do ex-presidente se acentua, e mesmo seus aliados já discutem quem poderia substituí-lo na corrida eleitoral de 2026.
Com a provável aceitação da denúncia, Bolsonaro ficará ainda mais isolado e sob risco iminente de prisão. O desfecho do julgamento pode marcar um momento histórico no Brasil, consolidando o enfraquecimento do ex-presidente e abrindo um precedente inédito para a responsabilização de ex-mandatários por crimes contra a democracia.
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