A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta terça-feira (6) a denúncia contra um grupo apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsável por espalhar desinformação para desacreditar o sistema eleitoral e minar autoridades que não aderiram à tentativa de ruptura institucional.
O grupo, formado por sete nomes, é considerado pela PGR como o “núcleo da desinformação” dentro de uma estrutura maior, que já tem 14 denunciados — entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Se a nova leva de denúncias for aceita, o número de réus sobe para 21.
Os alvos da vez incluem o ex-major do Exército Ailton Barros, o sargento Giancarlo Rodrigues e o policial federal Marcelo Bormevet. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, o grupo agiu de forma coordenada para disseminar fake news sobre o processo eleitoral e promover ataques virtuais a instituições e autoridades que contrariavam os interesses do grupo.
Barros é acusado de disparar ataques contra os então comandantes do Exército e da Aeronáutica, por não embarcarem no plano golpista. A defesa diz que ele apenas desabafou em mensagens privadas. Já Rodrigues e Bormevet, que atuaram na Abin sob a gestão de Alexandre Ramagem (também réu), teriam atuado na construção de narrativas falsas contra adversários do grupo. Ambos negam qualquer relação com tentativa de golpe.
A lista de denunciados inclui ainda três oficiais — o coronel Reginaldo Vieira de Abreu, o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida e o major da reserva Angelo Denicoli — além de Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal. Este último teve papel decisivo ao fornecer o parecer técnico que sustentou a ação do PL pedindo a anulação de parte dos votos no segundo turno das eleições.
Todos os acusados negam envolvimento com o suposto plano de ruptura. O STF, agora, decide se a denúncia avança ou não para transformar o grupo em réu formal.
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