Muita gente acha ruim quando alguém fala em fechar o comércio para frear a escalada dos casos de Covid-19 na Paraíba. Afinal, ninguém quer ver perda de empregos. Mas o problema é que muitas das pessoas que reclamam se mantém omissas frente aos desrespeito às normas sanitárias principalmente no comércio popular de João Pessoa e Campina Grande. Os exemplos mais escancarados são vistos nas feitas de Oitizeiro, na capital, e da Prata, na Rainha da Borborema. Nas duas, os flagrantes de pessoas aglomeradas e sem usar máscara são comuns.
E isso no momento que o Governo do Estado classificou para pior a situação das cidades paraibanas. Agora são 205 cidades com a bandeira laranja, 15 com a vermelha e apenas três classificados com a amarela. Isso, na prática, reflete a elevação da lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e o consequente aumento no número de mortes. Elas já somam 5.212 na Paraíba. Deste montante, 716 mortes ocorreram nos primeiros 20 dias deste mês.
A situação segue o ritmo dos outros estados. Em todo o Brasil, já são mais de 190 mil almas perdidas. E a coisa é pior quando se observa a lotação das UTIs. A ocupação em todo o estado é de 81%. Na região metropolitana de João Pessoa, 93% dos leitos de UTI para adultos estão ocupados. Em Campina Grande, o mesmo setor tem taxa de 70%. No Sertão, 98% dos leitos de UTI estão ocupados.