Judiciário
Sem garantias da oposição, PL precisará de candidatura própria para oferecer palanque ao bolsonarismo
14/04/2025 07:14
Suetoni Souto Maior
Pedro Cunha Lima (C) ao lado de Queiroga e Wallbrer Virgolino na campanha eleitoral de 2024. Foto: Reprodução/Instagram

Na semana passada, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fechou questão sobre seus apoios para a disputa eleitoral, na Paraíba, em 2026. Quer ver o ex-ministro Marcelo Queiroga (PL) disputando o governo do Estado e o pastor Sérgio Queiroz (Novo) correndo atrás de votos para o Senado. Ambos demonstraram empolgação com o apoio. Agora, a verdade seja dita, este contexto tem a ver com a falta de unidade na oposição. Não há garantias (e não há mesmo) de que possíveis candidatos como Pedro Cunha Lima (PSD) e Efraim Filho (União) aceitem abraçar uma candidatura presidencial bolsonarista no primeiro turno das eleições do ano que vem.

O próprio Queiroga já disse em várias entrevistas que abriria mão da disputa caso um postulante viável aceitasse oferecer palaque para o candidato do partido na disputa da Presidência da República. Do fim do ano passado para cá, tanto ele quanto os deputados Cabo Gilberto (federal) e Wallber Virgolino (estadual) participaram de confraternizações e reuniões com presenças do ex-governador Cássio Cunha Lima, com Pedro Cunha Lima e o senador Efraim Filho. O grupo faz oposição ao governador João Azevêdo (PSB), mas sempre quis evitar um alinhamento nacional.

Daí vem a divergência. Isso por que antes de ser oposição, Queiroga e companhia trabalham pelo projeto eleitoral bolsonarista. A prioridade é apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa, apesar da decisão que o tornou inelegível. Fechada esta porta, surgem a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, ambos do PL. Pedro rejeitou o palanque para o ex-gestor na eleição passada, quando o mandatário disputou a reeleição e foi derrotado pelo presidente Lula (PT). A verdade seja dita, o apoio também não foi dado ao petista.

A possibilidade de esta unidade da oposição ocorrer seria com um nome não ligado completamente à extrema-direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicano). Mas apesar de ele contar com a simpatia da maioria dos bolsonaristas, dificilmente encontrará as condições de entrar na disputa representando o grupo.

Já Pedro, caso tenha a candidatura confirmada pela bancada de oposição, deve recorrer ao histórico de sempre e seguir a coluna do meio.

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