O pastor Sérgio Queiroz deixou de lado nos últimos dias a postura refratária às disputas políticas. Em seguidas entrevisas, ele agora admite a intenção de concorrer à vaga do Senado mais disputada nos últimos tempos. Aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele viu as portas do partido do presidente fechadas para suas prentesões. O mandatário da sigla no Estado, o deputado federal Wellington Roberto, tenta emplacar o filho, Bruno, na vaga que será aberta com o fim do mandato de Nilda Gondim (MDB), mãe do senador emedebista Veneziano Vital do Rêgo.
A negativa, no entanto, não seria empecilho para a entrada em outro grupo alinhado com o presidente no Estado. O religioso chegou a ser procurado nesta semana pelo comunicador Nilvan Ferreira (PTB), que é virtual candidato ao governo. O tema também foi tratado com o ministro Onyx Lorenzoni, do Trabalho e Previdência, também nesta semana. Nesta sexta-feira (18), Sérgio Queiroz confessou em entrevista que tratou do assunto ainda com o presidente. Em todas as conversas, fica clara a intenção dele de disputar a vaga no Senado, independente dos apoiadores de Bolsonaro na Paraíba.
A propósito, mesmo se colocando como alinhado com Jair Bolsonaro, Sérgio Queiroz demonstrou pouca confiança em parte da base aliada do presidente. A pessoas próximas, ele tem dito que não pretende se filiar aos partidos que já anunciaram candidatos. O rol inclui o PTB, de Nilvan Ferreira, e o próprio PL de Bolsonaro – lembrando que neste último, as portas estão fechadas por conta das conveniências paroquiais. O pastor diz, também, que prefere a busca por um partido pequeno, sem tempo de TV ou fundo partidário. O figurino foi experimentado por Bolsonaro em 2018 e não será repetido pelo presidente neste ano.
Sérgio Queiroz é procurador da Fazenda Nacional e trabalhou no governo de Jair Bolsonaro desde o início do mandato, em 2019. Ele atuou inicialmente como secretário Nacional de Proteção Global do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Em seguida, ele assumiu o cargo de secretário especial do Desenvolvimento Social, cargo que faz parte do Ministério da Cidadania. No ano passado, ele decidiu pedir exoneração do cargo para se dedicar à conclusão de um curso de pós-graduação na Espanha e dava sinais de desinteresse e frustração com a política. Uma visão que parece ter abandonado.
Sobre Bolsonaro, Sérgio Queiroz costuma fazer a defesa do legado do presidente ao longo dos últimos anos. Ele diz que vai apoiar o gestor porque é leal. O discurso para a entrada na disputa, ao que parece, está pronto. Falta agora a filiação e colocar o pé na estrada.
Quer receber todas as notícias do blog através do WhatsApp? Clique no link abaixo e cadastre-se: https://abre.ai/suetoni