Executivo
Saída de Romero do jogo beneficia Bruno na disputa pela reeleição, mesmo sem apoio oficializado
09/06/2023 14:27
Suetoni Souto Maior
Romero Rodrigues e Bruno Cunha Lima durante a campanha de 2020. Foto: Divulgação

O deputado federal Romero Rodrigues (PSC) tornou público, nesta sexta-feira (9), que não deve disputar a prefeitura de Campina Grande no ano que vem. As declarações põem fim, ao menos por enquanto, a uma série de especulações sobre um rompimento há muito tratado nos bastidores da política campinense. O parlamentar vem demonstrando há muitos anos certo descontentamento com o tratamento recebido do sucessor no comando da prefeitura. Mesmo assim, procurou dar um perdidão nos que apoiavam uma eventual disputa eleitoral encampada por ele.

“Sou candidato a fazer um bom mandato de deputado federal”, assegurou Rodrigues, jogando para longe as especulações alimentadas nos últimos dias por aliados. A tese de confronto ganhou força por causa dos sinais emitidos pelo deputado, que demonstrou incômodo com a repercussão de fotos tiradas durante festa em que ele aparecia ao lado do prefeito Bruno Cunha Lima (PSD). Há quem diga que Romero Rodrigues não engoliu as várias vezes em que foi escanteado pelo mandatário nos últimos anos, nem a edição de programas que confrontavam com o trabalho realizado pela gestão anterior.

Foi notada, por exemplo, a ausência de Romero na abertura do Maior São João do Mundo e as declarações dadas mais recentemente iam no sentido contrário ao alinhamento. Outro desconforto tem sido a aproximação progressiva entre Bruno e o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), adversário de Romero. A saída dele da disputa não vem acompanhada, no entanto, da garantia de apoio para o prefeito, o que deverá ocorrer posteriormente.

A vantagem para Bruno, agora, é que sai da pista aquele que certamente seria seu maior adversário na disputa pela reeleição. Romero deixou o cargo com avaliação altíssima e, graças a isso, elegeu o substituto, justamente Bruno Cunha Lima. O efeito principal, com a desistência, é que o espólio do clã Cunha Lima será mantido sem divisões, o que poderia abrir o flanco para um nome de fora do grupo. Resta agora ver como as pedras vão se organizar no tabuleiro, até porque o espaço de vice na chapa será disputado a tapa.

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